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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Pará está no topo do ranking que mede nível de violência no país

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O município de Marabá, no sudeste paraense, é a segunda cidade mais violenta do Brasil. Belém também se destaca de forma negativa: está entre as dez capitais mais violentas, perdendo apenas para Maceió (AL), Porto Velho (RO) e Recife (PE), e ficando à frente, inclusive, do Rio de Janeiro, cenário constante de guerras entre a polícia, traficantes e milicianos.

Os dados fazem parte do ‘ranking’ divulgado na terça, 24, pelo Ministério da Justiça e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que desenvolveu um indicador inédito: o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJV). O IVJV contabiliza cinco diferentes indicadores sociais e de mortalidade nesta faixa etária: a taxa de homicídios, a de mortes em acidentes de trânsito, a empregabilidade e educação, a dimensão da pobreza e a taxa da desigualdade social nos 266 municípios.

O estudo mostra que os jovens do Norte e do Nordeste do Brasil estão muito mais vulneráveis à violência do que os do eixo Rio-São Paulo. Maceió é a capital mais violenta do país para quem tem entre 12 e 29 anos de idade, seguida por outras seis capitais dessas duas regiões, enquanto São Paulo é a mais segura para a juventude. O Rio, palco de guerra entre os traficantes, está em oitavo lugar no ‘ranking’ das capitais. A cidade mais violenta do Brasil é Itabuna, na Bahia.

‘A pesquisa derruba determinados mitos, como o de que a situação mais vulnerával é a da juventude do Rio. Não é. Tem problemas graves no Rio de Janeiro, mas é no Nordeste (o maior problema): indicadores sociais baixos, pouca aplicação de recursos para renovar o sistema de segurança pública e poucas políticas preventivas, que agora estão começando, com a adesão de dezenas de municípios ao Pronasci (Programa Nascional de Segurança Pública com Cidadania)’, disse o ministro Tarso Genro.

O IVJV leva em consideração os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo), de 2006, com metodologia desenvolvida pelo Laboratório de Análises da Violência da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).

Marabá

As duas cidades brasileiras em que os jovens são mais vulneráveis à violência, Itabuna (BA) e Marabá (PA), têm pelo menos duas características em comum: são de médio porte e não são atendidas pelo Pronasci. Em Marabá, é a ausência de espaços de convivência que influencia no índice de exposição da juventude à violência, segundo a prefeitura. Lá não há cinemas ou shoppings Segundo a Prefeitura de Marabá, só há um projeto municipal de atividades extraescolares voltado para adolescentes, que atende cerca de 150 alunos.

Grande Belém – Os números do IVJV foram divulgados apenas quatro dias após o balanço oficial da Secretaria de Segurança Pública do Pará, feito em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Centro Estratégico Integrado (CEI), que indicou uma pequena redução da violência na Região Metropolitana de Belém, se comparados o período entre janeiro e outubro de 2009 com o mesmo período de 2008. Foram 107.176 ocorrências no ano passado contra as 103.803 deste ano, ou seja: 3.373 ocorrências a menos este ano.

Facilidade para conseguir uma arma é grande em todo o país – Além do IVJV, o Fórum e o Datafolha fizeram uma pesquisa em 31 municípios, incluindo Rio e São Paulo, em julho passado, para entender a percepção dos jovens sobre a violência. Segundo a pesquisa, um terço dos jovens brasileiros afirmou conviver com situações de violência e 31% garantiu ter facilidade para adquirir uma arma de fogo.

O indicador de vulnerabilidade dividiu as cidades em cinco grupos: vulnerabilidade muito alta, alta, média, média-baixa e baixa. Das 43 cidades de vulnerabilidade muito alta e alta, 27 são do Norte e e do Nordeste. Entre as dez cidades que fazem parte do grupo de vulnerabilidade muito alta, nenhuma é capital, mas entre as cidades de risco alto há seis capitais, todas do Norte e do Nordeste: Maceió, Porto Velho, Recife, Belém, Macapá e Teresina.

Chama a atenção que entre as cidades mais violentas estão Marabá, cenário de conflito de terras no Pará, que ficou no segundo lugar no ‘ranking’, e a turística Foz do Iguaçu, no Paraná. ‘A questão é mais aguda no Norte e Nordeste, mas o problema está no Brasil todo’, disse Renato Sérgio de Lima, secretário-geral do Fórum e coordenador das pesquisas. (Portal ORM)

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