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sábado, 21 / dezembro / 2024

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PF faz operação para endossar delações de organização criminosa dentro da gestão Marcelo Miranda

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 17, a Operação “Troféu”, visando colher novas provas para robuster conjunto probatório proveniente de celebração de Acordo de Colaboração Premiada relacionado a atos de corrupção investigados nas operações Replicantes, Hastati e Brutus, além de outros elementos que comprovem o pagamentos de vantagens indevidas em contratos firmados pelas Secretarias de Saúde e de Infraestrutura do Estado do Tocantins em gestões passadas.

As operações Brutus, Hastati e Replicantes foram realizadas entre 2019 e 2020 e que prendeu Franklin Douglas Alves Lemes, dono de uma rede de gráficas no Tocantins; empresários de empresário do ramo de comunicação e ocupantes de cargo de chefia em superintendência de licitação no governo de Marcelo Miranda (MDB).

Aproximadamente 10 (dez) policiais cumprem 02 (dois) mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal no Tocantins, na cidade de Palmas.

A operação deflagrada hoje tem como foco a estrutura de recebimento das vantagens indevidas pelo núcleo de comando da Organização Criminosa – ORCRIM investigada. Os elementos reunidos até o presente momento apontam para o pagamento de propinas em espécie, que eram transportadas em envelopes até serem entregues diretamente aos chefes da ORCRIM.

Em ações anteriores, durante a realização de buscas nas residências e nos escritórios ligados aos investigados, os policias identificaram um grande número de envelopes que se suspeitava terem sido utilizados para o transporte dos valores, formalizando, por amostragem, a apreensão de alguns deles.

Análises realizadas pela equipe de Policiais Federais conseguiram revelar evidências de que efetivamente se tratavam de envelopes utilizados para o pagamento das propinas, o que foi corroborado e detalhado pelas colaborações premiadas firmadas e por outras diligências realizadas.

A ORCRIM é suspeita de ter mantido um sofisticado esquema para a prática reiterada de atos de corrupção, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos e lavagem de ativos, sempre com o objetivo de acumular riquezas em detrimento dos cofres públicos, além de praticar atos de intimidação e embaraço a investigações.

O nome da operação é uma referência a possível motivação que levou os investigados a manterem guardados, alguns por mais de uma década, os envelopes nos quais supostamente eram transportadas e entregues as vantagens indevidas.

Destaca-se que em razão da Pandemia causada pela COVID-19, foi adotada logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPI’s a todos os envolvidos, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas e investigados.

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