Não repasse dos cheque-moradia aos beneficiados no município, superfaturamento de aluguel de extração de areia, fraudes em licitações de poços semiartesianos e a construção de uma creche em terreno particular. Estas são algumas das irregularidades apontadas pela Câmara de Vereadores de Luzinópolis na Prefeitura da cidade.
Na terça-feira, por sete votos a favor e dois contra, a prefeita, Carla Cristina da Silva (PSDB) foi afastada por 90 dias a pedido da Comissão Provisória de Inquérito (CPI) instaurada em agosto pelos vereadores para investigar essas denúncias.
Os vereadores pediram o afastamento da prefeita porque os funcionários da prefeitura não estariam repassando as cópias de documentos que eram solicitados pela CPI. Segundo o presidente da CPI, Altino Ribeiro da Silva (PSDB), o afastamento será publicado por edital no Diário Oficial do Estado. Carla Cristina (PSDB) responde processo no Ministério Público Estadual por improbidade devido a irregularidades na prestação de contas. Quem assume a prefeitura de Luzinópolis é o vice José de Arimateia Coelho (PT) que ainda não teria sido notificado, mas segundo os vereadores tomaria posse até sexta-feira.
Prefeitura
Carla Cristina não estava ma cidade. O novo secretário de administração e finanças do município, José Verismar Lima dos Santos, que tomou posse há uma semana no cargo, não quis comentar o assunto. “Ainda estou me inteirando das denúncias e só a prefeita poderá responder esses questionamentos.” Nem os vereadores sabiam da mudança do secretariado na prefeitura.
Irregularidades
Cheque-moradia-Em 2010, foram beneficiadas 28 pessoas pelo programa Cheque-Moradia, no valor de R$ 3 mil, para que elas pudessem implementar a construção de suas casas. Da verba destinada à essas famílias somam-se R$ 84 mil que, segundo documentos apresentados pelos vereadores, já foram utilizados, porém os moradores sequer ficaram com os cheques em mãos, que deveriam ser trocados por materiais de construção.
Creche-Uma creche está em construção com verbas do Governo Federal orçada no valor de R$ 1.280.594,51 e a previsão para o término seria em março deste ano. A obra está em um terreno particular que teria sido adquirido sem consultar os parlamentares do município. Relator da CPI, vereador Paulo César Queiroz Borges (PMDB) disse que não houve nenhuma notificação autorizando a compra ou doação do terreno não teve o aval dos vereadores. (Jornal do Tocantins)




