O Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) em parceria com o Consórcio Estreito de Energia (CESTE), tem investido na produção de frutas como uma das alternativas para o pequeno agricultor.
Um dos exemplos pode ser conferido entre os reassentados do Projeto de Reassentamento Coletivo Rural Majú, no município de São Bento do Tocantins. O Projeto de Reassentamento Majú, conta com 37 famílias de pequenos agricultores que foram reassentadas pelo CESTE em 2010, devido à construção da UHE Estreito entre Aguiarnópolis no Tocantins e Estreito, no Maranhão.
O reassentado Gildeberto Brito dos Santos, encontrou na produção de melancia uma atividade lucrativa e de fácil aceitação no mercado local. Atualmente ele cultiva 1.500 pés de melancia em uma área de 0,67 há, com produção média de 15 toneladas por hectare. Toda produção é comercializada no mercado de São Bento e na propriedade.
De acordo com o reassentado, será possível uma renda bruta de R$ 6 mil reais a cada produção “Ter a oportunidades de trabalhar no que é meu sempre foi o que sonhei. Hoje, graças ao Ruraltins e ao Ceste, vejo meu sonho realizado, pois aqui não passo fome, tenho o que comer e uma renda para manter a minha família”, comenta Santos, acrescentando que pretende investir ainda mais na produção de melancia e que “ só não tem quem não planta”.
Além da melancia, Gilderberto produz tomate, pepino, milho verde, feijão e abóbora. Pretende também, investir no cultivo do cupuaçu, banana e criação de peixe em tanque rede. A ideia do reassentado é comercializar o excedente para o Programa Compra Direta Local que o governo do Estado executa por meio do Ruraltins.
Tecnologias simples
De acordo com o extensionista Rural, Ricardo Loff, que faz parte da equipe técnica da Unidade Local de Execução de Serviços do Ruraltins, de Araguatins ,que presta serviços aos reassentados do contrato Ruraltins/Ceste, existem hoje, tecnologias simples, como irrigação por gotejamento e fertirrigação, que diminui em mais de 50% a mão-de-obra familiar, bem como pode aumentar em mais de 100% a produtividade de melancia por área. O extensionista afirma ainda que, o reassentado já é uma referência na região. “Pouco mais de um ano foi possível ver a mudança de alguns reassentados”, frisando que o papel da extensão rural é fundamental nesse processo de aumento da produção e produtividade. (Ascom Ruraltins)
Isto é a prova que as pequenas cidades tem solução com ações dessa maneira. Caberia os gestores desses municipios com grande vocação agricola famíliar gerir programas em convenios com governo do estado usando o Ruraltins.