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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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PARÁ: Vereador de Marabá diz que Vale colocará Alpa à venda

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No gabinete da Presidência da Câmara Municipal de Marabá, no último dia 16 de setembro, o vereador Nagib Mutran Neto, recebeu repórter do CORREIO DO TOCANTINS para fazer uma revelação que ele considerou bombástica e preocupante: “A Vale parou as obras da Alpa (Aços Laminados do Pará) e não vai mais investir nesse projeto”.

No início deste ano, quando alguns colegas vereadores chegaram de Brasília com a mesma noticia, Nagib foi o primeiro a pedir cautela e entrar em contato com o diretor-presidente da Alpa, José Carlos Soares, que negou a informação e pediu para ir à Câmara esclarecer as etapas de trabalho. “Quero dizer que tive cautela para não passar informação equivocada”.

Caso a notícia seja verdadeira, como garante o presidente da Câmara, o tão sonhado polo metal-mecânico de Marabá não deslancharia tão cedo, o mesmo acontecendo com o projeto Aline, fruto de uma parceria entre a Vale e o grupo Aço Cearense, através da Sinobras. “Nesse caso, a Aço Cearense estaria pronta para transferir o projeto Aline para o Ceará, onde o grupo tem sua base principal”, calcula.

 “Quero passar a minha preocupação como presidente da Câmara, independente de ser político. Eu ouvi de um amigo meu que conversou longamente com um alto executivo da Vale, que revelou que o novo presidente da mineradora, Murilo Ferreira, não é favorável à Alpa, mas sim à implantação da siderúrgica do Pecém, no Ceará. Tanto é que lá as obras estão de vento em popa, bem aceleradas, enquanto aqui em Marabá, estavam sendo desaceleradas naturalmente e agora pararam de vez.

A alegação da Vale para não dar prosseguimento à Alpa, segundo Nagib Mutran, é que Marabá não tem porto marítimo, enquanto Pecém está no litoral cearense e tem facilidade para escoar a produção por navio tanto para o mercado externo quanto ao interno.

Outra informação que Nagib diz ter obtido com a fonte que ele considera fidedigna é de que a atual presidência da Vale já colocou o Projeto Alpa à venda. “Isso mostra que a Vale não tem interesse em implantar a Alpa em Marabá, pela cabeça da nova diretoria”.

Sobre a derrocagem do pedral do Lourenção, no Rio Tocantins, para viabilização da hidrovia, a fim de escoar a produção da Alpa, Nagib informou que a presidenta Dilma Rousseff teria dito ao presidente da Vale para que a mineradora mesmo construa a hidrovia, estimada em R$ 560 milhões. “Quero conclamar a população, a classe empresarial e a política, para que nós não aceitemos isso. Vamos nos unir mais ainda para que consigamos nosso objetivo e a Alpa se instale em Marabá, que se crie o Polo Metal-Mecânico para gerar mais empregos e melhore a qualidade de vida da nossa população”.

Na sugestão de Nagib, a primeira medida a ser adotada é procurar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que veio a Marabá no lançamento das obras da Alpa, para que este faça pressão tanto com a direção da Vale quanto com o atual governo, para viabilizar as obras da hidrovia e pedir a manutenção da Alpa em Marabá. “Se for necessário, em último caso, sou a favor até mesmo de fecharmos a ferrovia para pressionar a presidência da Vale a manter a siderúrgica em Marabá”.

Questionado pela Reportagem sobre como o governador Simão Jatene se manifestou recentemente sobre a Alpa, em conversa reservada em um hotel da cidade com os vereadores, Nagib revelou que estranhou que o governador tenha pedido cautela quanto às cobranças à Vale em relação às condicionantes da Alpa. “Não pressionem que eles podem vazar”, teria dito o governador.

Para Nagib, a posição de Simão Jatene já demonstrava que este temia que a Vale de não implantasse mais a Alpa aqui. “Se ele está com essa preocupação é porque também está em dúvida se a Vale pode tirar a Alpa daqui ou não. No meu raciocínio, ele também tem dúvida, tanto é que no encontro que houve na Sinobras, o governador perguntou: ‘Vocês sabem de alguma coisa que eu não sei?”.

Segundo Nagib, o governador pediu para realizarem as cobranças das condicionantes no varejo, começando pela saúde. “Dessa forma eu ajudo vocês, porque no atacado podemos ter problemas”, teria dito o governador.

Segundo Nagib, o governo federal está sendo pressionado pela Gerdau para que a Alpa não se instale em Marabá, o que estabeleceria uma concorrência forte para as demais empresas do setor. (Correio Tocantins)

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