Mesmo imprópria para o banho, os veranistas não deixaram de procurar sol e diversão na praia do Cruzeiro, em Icoaraci, ontem. O teste de balneabilidade, feito pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), na semana passada, apontou que a Cruzeiro apresenta 2.012 coliformes fecais por 100 ml de água, acima do limite permitido. Mas o local não foi interditado. Uma placa foi fincada na areia, de manhã cedo, para avisar os banhistas do perigo. Mas não demorou muito para a placa cair e ser retirada do local. A praia encheu de gente, na areia e na água. Teve barraqueiro reclamando que a divulgação do teste de balneabilidade reduziu o público, prejudicando as vendas no penúltimo final de semana das férias.
Mesmo sabendo que a água estava imprópria para o banho, o aposentado Reginaldo Farias, de 65 anos, não deixou de se divertir nas águas do Cruzeiro, local que frequenta há mais de 30 anos. ‘Eu venho de Belém todo domingo pra cá. Gosto muito. Sempre dizem que dá micose (a água), mas nunca tive nada. Eu não acredito que água esteja contaminada. A praia está ótima, maravilhosa’, disse, animado. Ao contrário dele, algumas pessoas não estavam sabendo da contaminação.
Rosemira Santoa, de 50 anos, que há 15 anos trabalha com a venda de comidas e bebidas na Cruzeiro, reclamou que as vendas do último fim de semana caíram pela metade por conta da divulgação de que a praia estava imprópria para o banho. Ela não acredita na contaminação da água. ‘É só em julho que dizem isso’, reclamou. Já o vendedor ambulante Silas Severino, de 29 anos, não teve do que reclamar. Segundo ele, a venda de óculos escuros estava boa. (O Liberal)
