Na noite de quarta-feira (6), uma tragédia ocorreu no Parque Aurora, depois de um policial militar atingir acidentalmente o próprio irmão com um tiro. De acordo com o depoimento que o soldado PM Jaderson Alcântara Silva, autor do tiro fatal, prestou no Plantão Central do Cohatrac, o irmão dele, Jefferson Luís Alcântara Silva, 36 anos, tinha adquirido um revólver da marca Taurus, calibre 38. O propósito da aquisição de uma arma de fogo era proteger a família em uma viagem que Jefferson faria no dia seguinte a Porto Franco, juntamente com a esposa e a filha.
Como a arma estava travada, Jefferson, que era filho mais velho de um policial militar reformado e o único de cinco irmãos homens que não seguiu a carreira do pai, pediu a Jaderson para verificar o funcionamento do revólver. Manuseando a arma, sem perceber que a mesma estava carregada, o militar ainda tentou convencer Jefferson a não levar o revólver durante a viagem, já que ele não tinha experiência com armamentos.
Enquanto falava, Jaderson apertou o extrator do tambor para retirar as munições, e a arma disparou, atingindo Jefferson abaixo do umbigo. Ao perceber o sangramento do irmão, Jaderson ligou desesperado a colegas policiais do 8º BPM, que foram à casa de Jefferson em socorro da vítima. Jefferson foi levado à emergência do Hospital São Domingos, no bairro Cohama, mas não resistiu ao ferimento, morrendo horas depois.
O autor do incidente foi autuado em flagrante por homicídio culposo, que não teve a intenção de matar. Por se tratar de um crime afiançável, ele pagou a fiança de um salário mínimo e vai responder em liberdade ao inquérito que será concluído pelo 13º Distrito Policial (Cohatrac).




