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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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PARÁ: Alunos do projovem passam por avaliação

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Primeira avaliação do ProJovemTailândia – Cerca de 8,4 mil alunos matriculados no ProJovem Urbano em 20 municípios paraenses realizaram a primeira prova de avaliação do programa. Executado em 24 estados brasileiros, o programa oferece formação educacional para jovens entre 18 e 29 anos que ainda não completaram o ensino fundamental.

No município de Tailândia, onde há o maior número de matriculados no Pará, quase mil alunos foram à sala de aula para fazer a prova. Sem ter com quem deixar o caçula Taylon, de apenas dois meses, a jovem Lília da Silva Costa, 20, levou o menino para a escola onde fez o exame. Enquanto ele dormia no carrinho de bebê, ela fazia a prova.

“Mesmo com todas as dificuldades, essa é uma oportunidade que a gente não pode perder. Eu estou gostando muito das aulas e já aprendi muita coisa, como a me relacionar com as pessoas e a saber dos meus direitos de cidadã, além de aprender coisas de matemática e de português que eu não tinha aprendido na escola”, disse ela, que parou de estudar na 6ª série.

De acordo com o professor Ari Loureiro, coordenador estadual do ProJovem, o curso é voltado para a formação cidadã e participativa dos alunos. Ele disse que o Estado e o governo federal têm investido na qualificação dos professores, todos licenciados, e disse que esperava um bom desempenho da turma. “Estamos tranquilos porque fizemos uma avaliação diagnóstico no início do curso para saber em que nível eles estavam. Agora imaginamos que eles desenvolveram ainda mais suas capacidades.”

O curso é realizado à noite e os alunos recebem uma bolsa mensal de R$ 100 para se manter até o final dos 18 meses que dura a formação. Além desta, os alunos ainda vão passar por outras três avaliações antes de serem certificados.

A prova foi executada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), que é avaliadora do programa nos estados do Pará e do Amapá. Os professores dos alunos não mantiveram contato com eles no dia da prova. “Para muita gente, é difícil ficar mais de 10, 15 anos sem estudar e passar por uma avaliação dessas, com cartão de leitura magnética e de avaliação universal. Muitos estão nervosos”, explicou Loureiro.

Mas Raimundo José Pereira da Silva, 25, estava confiante antes da prova. Há oito anos, ele trabalha em serrarias do município de Tailândia, apenas pouco mais de 2 anos ele teve carteira assinada. Cumpre uma carga horária de oito horas e meia para ganhar uma diária de R$ 32,50. “Para quem quer trabalhar, é isso mesmo, mas essa oportunidade é muito valiosa e estou muito feliz de poder participar do curso. Estudei bastante para a prova. Estou seguro”, disse ele, que parou de estudar na 5ª série e hoje tem um filho, e a esposa aguarda o nascimento de mais uma criança.

O resultado da avaliação vem de Brasília, e deve demorar de 15 a 20 dias para chegar. O Ministério da Educação (MEC) vai oferecer avaliações por núcleo, por turma e por aluno, o que vai permitir à equipe estadual avaliar o próprio método de ensino, podendo reforçar a atenção às turmas ou aos alunos mais carentes.

Maria Luciana Cavalcante Monteiro, 18, cursou somente até a 4ª séria e atualmente trabalha como empregada doméstica em Tailândia. Mãe solteira, ela também cuida do filho de um ano e oito meses. Já tem planos para o futuro. “Depois que eu concluir o ensino fundamental, quero fazer escola técnica”, adiantou.

Em todo o estado, cerca de 60 alunos fizeram a prova em casa por questão de saúde ou outros problemas judiciais, como no caso de jovens infratores. “Garantimos o acesso a eles o máximo que pudemos, enviando aplicadores de provas nas casas nos municípios em que houve esse registro”, explicou o coordenador Ari Loureiro. (Elielton Amador)

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