Em um artigo publicado em seu blog nesta sexta-feira, 10, o jornalista Luiz Armando Costa, expõe números assustadores sobre o nível de roubalheira e descaramento que se transformou o governo Marcelo Miranda e mostra a total situação de descaramento dos responsáveis por comandar as ações de compra na Secretária da Saúde.
De 18 de outubro a 1° de novembro de 2016 (como comprovam notas fiscais a que o jornalista teve acesso), a Secretaria da saúde comprou (aderindo a um edital de outra Secretaria) da empresa Salina Corp Eireli (uma empresa que vende de tudo, conforme seu CNPJ, de equipamento agropecuário, ferragem, cimento, aluguel de imóveis, recepção, adubos, ferrovia) 13,3 toneladas (isto mesmo, 13.364 mil quilos) de linguiça/carne e ainda 55.740 ovos para o HGP. Ou seja, os pacientes do HGP teriam consumido em 14 dias isso aí.
A aquisição consta de quatro notas fiscais emitidas pela empresa contra a Secretaria nos dias 18 e 25 de outubro e 1° de novembro de 2016. Observando as notas e imaginando uma reposição, de 18 a 25 de outubro os pacientes do HGP teriam consumido 3.966 kg de carne/linguiça (média de 566 kg por dia). E de 25 de outubro a 1º de novembro, 4.931 kg. Ou seja: média de 704 kg por dia. E o que dizer dos 55 mil ovos!!!!!!! Onde faltaria alimentação?
Vejam bem: o edital (que a Secretaria diz estar providenciando) previa para o HGP (nutrição) 18.357 almoços e 16.319 jantares por mês. Isto totaliza 34.676 refeições por mês.
Quer ver o absurdo: continha de três. Se em 15 dias compraram 13.364 kg de carne/linguiça teremos no mês (30 dias) 26.728 kg de linguiça/carne. Certo? Vamos lá: como no edital são previstas para o HGP 34.676 por mês, dividindo-se pelos 26.728 kg de carne/linguiça, cada paciente do HGP estaria empanturrado com 771 gramas de proteínas em cada refeição. Ou seja, estaria cada internado comendo 1 quilo e meio de carne/linguiça por dia!!!!
E ainda tem os 55 mil ovos em quinze dias. Ou seja, 110 mil ovos por mês, numa projeçãozinha básica.
Mesmo com todos esses números absurdos, paciente, médicos, enfermeiros e funcionários em geral, enfrentam diariamente a falta de comida no HGP.
Por outro lado, fora os claros indícios de roubalheira, o governador Marcelo Miranda segue como se nada estivesse acontecendo. (Com informações do Blog do Luiz armando Costa)
