Localizado por telefone, em Brasília, o ex-governador Carlos Gaguim (PMDB) negou que tenha utilizados recursos vinculados para efetuar os pagamentos processados pela Secretaria da Fazenda no dia 30 e afirmou que não executou nenhum ato ilegal nesses pagamentos. Segundo Gaguim, a emissão de ordens bancária foi um ato legal do governo do Estado pagando fornecedores que executaram o serviço e têm o direito de receber. “Ele (Siqueira Campos) está querendo governar sobre o meu governo, isso é uma arbitrariedade”, afirmou.
O ex-governador sugeriu que os fornecedores prejudicados entrem com recursos para tentar derrubar a liminar e também levem ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) uma reclamação contra o desembargador Moura Filho que concedeu a liminar.
Gaguim reconheceu que chegou a tentar transferir recurso vinculado, da Saúde (a fonte 045), para a conta do Tesouro Estadual (a fonte 0100), mas embora o ato tivesse sido autorizado pelo Ministério da Saúde, teria faltada a assinatura de um superintendente da pasta estadual para efetuar a transação. “Sumiram com ele e o recurso não pode ser usado”, disse. Na avaliação do ex-governador, Siqueira estaria tentando “fazer de tudo” para denegrir a imagem do ex-gestor. “Olhe em 1994, quando o ex-governador Moisés Avelino deixou o governo, é prática de quem não mudou nada nesses 16 anos, ele quer fazer o mesmo comigo, mas eu não tenho medo, o respeito muito, mas nada temo”, afirmou, ao cobrar ação do Ministério Público Estadual (MPE) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Podem fazer vistoria nas contas”, pediu. (Lailton Costa – Jornal do Tocantins)
