A situação do governo na Assembleia Legislativa do Estado se complica mais a cada dia. A menos de um mês para o fim da administração petista, a oposição – que será base aliada a partir do dia 1º de janeiro – não dá descanso à governadora Ana Júlia Carepa.
Agora, PPS e PSDB resolveram, em represália, se unir para adiar a votação das contas de Ana Júlia referentes a 2008, até que a gestão estadual esclareça onde foi aplicada a primeira parcela, de mais de R$ 180 milhões, do total de R$ 366 milhões que o governo tem direito a captar em empréstimo junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ontem, mais uma vez, as duas bancadas procrastinaram a votação.
Na semana passada, José Júlio Lima, titular da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof), e Everaldo Martins, chefe da Casa Civil, atendendo uma convocação da Assembleia, estiveram na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (CFFO) da Casa para prestar esclarecimentos, mas como não levaram planilha com informações detalhadas, a reunião foi remarcada para ontem. Os dois secretários, porém, não compareceram, alegando ‘impossibilidade de reunir as informações’, e pediram, por ofício, mais dez dias para concluir a sistematização dos dados. ‘Enquanto eles não prestarem contas sobre esse dinheiro, não votaremos as contas da governadora’, afirmou José Megale, líder do PSDB.
