A Região de Integração (RI) do Xingu aumentou sua participação relativa na geração de empregos celetistas no Estado do Pará, de 13,20% em 2011 para 28,14% em 2012, ficando atrás apenas da Região Metropolitana de Belém, que tem 33% de participação. É o que aponta o “Boletim do Mercado de Trabalho na RI Xingu”, elaborado pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) como parte do projeto “Observatório Belo Monte”, disponível no site do órgão.
De acordo com o documento, a Região de Integração do Xingu foi a que se destacou com o maior número de novos empregos (3.701) no ano de 2012, um crescimento de 54,43% se comparado a 2011, totalizando 10.500 postos de trabalho ao final. Este desempenho observa-se, principalmente, em decorrência das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, iniciadas em 2010 e que devem atingir o pico de contratação durante este ano de 2013, com a abertura de 20 mil postos de trabalho.
Desta forma, o setor econômico que teve mais destaque foi o da Construção Civil, com a criação de 9.217 postos, e os outros que de certa forma se ligam ou são influenciados por ele, o de Serviços (1.056 postos) e de Comércio (628 postos). Além destes, somente a Administração Pública teve saldo positivo de um posto de trabalho. Os demais ficaram com números negativos: Indústria de Transformação (-307), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-63), Agropecuária (-17) e Extrativa Mineral (-15).
Entre as 30 ocupações que mais admitiram, 20 estão relacionadas ao setor da Construção Civil. As três que mais se destacaram foram Servente de Obras (3.810 admissões), Motorista Operacional de Guincho (1.092) e Pedreiro (928). Os salários médios ficaram acima do salário mínimo vigente até então (R$ 622,00), variando de R$ 653,40, para ocupação de contínuo, a R$ 4.234,92 para a ocupação de Mestre na Construção Civil.
Em relação aos dez municípios que compõem a região, Altamira foi o que apresentou maior saldo de empregos (10.544) devido a sua proximidade com a obra e por ser o município com maior infraestrutura física e social da região. Além deste, apenas Vitória do Xingu (108) e Placas (20) registraram melhor desempenho do que o ano anterior. O boletim elaborado pelo Idesp reforça, ainda, que a taxa média de crescimento do mercado de trabalho paraense (5,39%) ficou acima da média da região Norte (4,20%) e do Brasil (3,43%), apesar da queda de 27,52% do total de empregos gerados no Pará em 2012, em relação a 2011. Deste modo, o Estado continuou sendo o primeiro no ranking da geração de empregos da região, responsável por 52,34% dos postos de trabalho gerados durante o ano passado. (Fernanda Graim)
