
O Tribunal do Júri da Comarca de Xambioá condenou o policial penal Franceilson Pereira Marinho, de 36 anos, a 14 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de Antônio Renato da Silva, ocorrido em 18 de março de 2022. O julgamento aconteceu na última quinta-feira, 28, e, por decisão dos jurados, o réu foi considerado culpado pela participação no crime.
Segundo o processo, o homicídio foi motivado por questões financeiras e pela disputa nos negócios da vítima. A investigação apontou que dois dos acusados teriam encomendado a morte de Antônio, utilizando a relação de confiança que um deles possuía com o empresário para atraí-lo até a rodovia TO-164, entre Xambioá e Araguanã, onde ocorreu a emboscada.
Na dinâmica do crime, Franceilson dirigia a caminhonete usada para interceptar a motocicleta da vítima, enquanto outro ocupante do veículo efetuou os disparos fatais. Durante o julgamento, a defesa pediu absolvição, alegando que o policial não foi autor do crime. No entanto, os jurados reconheceram a materialidade e a autoria da ação, confirmando a condenação.
O conselho de sentença ainda entendeu que o homicídio foi praticado por motivo torpe — assassinato encomendado — e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A qualificadora de emboscada, contudo, não foi reconhecida. O juiz José Carlos Ferreira Machado fixou a pena em 12 anos, mas a aumentou para 14 anos devido à agravante confirmada pelo júri.
Além da pena de prisão, o magistrado determinou a perda do cargo público de policial penal e manteve a prisão preventiva do réu, negando-lhe o direito de recorrer em liberdade. A defesa pode apresentar recurso ao Tribunal de Justiça. Os demais acusados responderão a processos separados e ainda serão julgados.




