A confirmação da permanência de Wanderlei Barbosa no comando do Tocantins também reposicionou forças dentro do cenário estadual. Entre os nomes que emergem fortalecidos após a decisão do Supremo Tribunal Federal estão o deputado estadual Amélio Cayres (Republicanos) e o senador Eduardo Gomes (PL), cada qual por atuações distintas, porém decisivas nos bastidores da crise.
Amélio Cayres, presidente da Assembleia Legislativa, sustentou uma postura de prudência mesmo sob forte pressão. Durante os três meses de afastamento de Wanderlei, o parlamentar resistiu a pedidos de impeachment apresentados por adversários políticos e setores da sociedade, evitando pautá-los até que houvesse elementos mais robustos. A decisão, criticada por alguns à época, agora se revela estratégica, mantendo o Legislativo fora de um conflito institucional que poderia ter agravado o clima político no Estado. Sua linha de cautela reforça sua imagem como ponto de equilíbrio em momentos de turbulência.
No cenário federal, Eduardo Gomes teve papel igualmente determinante. O senador atuou de maneira articulada na construção da defesa jurídica apresentada ao STF, contribuindo para o entendimento que levou à formação de maioria a favor do retorno de Wanderlei. Sua influência política em Brasília e sua capacidade de articulação nos bastidores foram citadas por aliados como fundamentais para consolidar a tese de que o afastamento carecia de fundamentação contemporânea e que poderia comprometer a governabilidade em ano pré-eleitoral.
Com a confirmação da permanência do governador, ambos consolidam capital político relevante para os próximos desdobramentos no Tocantins. Cayres reforça sua posição de liderança interna no Legislativo, enquanto Gomes amplia seu alcance como articulador nacional. No desfecho da mais recente crise institucional, eles deixam de ser apenas coadjuvantes para ocupar papel central no realinhamento das forças que moldarão o rumo do Estado.




