Cachoeiras de águas cristalinas impressionam quem visita Wanderlândia, no Bico do Papagaio. A cidade que tem mais de 11 mil habitantes, ainda é um paraíso pouco conhecido.
Wanderlândia é cercada por um relevo tabular. O formato das serras lembra o de uma mesa. Há milhares de anos, os paredões já foram dunas de areia que se transformaram em rochas de puro arenito. Em meio a este cenário, são quase 30 cachoeiras, 13 delas são reconhecidas.
Seguindo pela TO-010, sentido Babaçulândia, são 30 km, metade do caminho é de estrada de chão. Os babaçuais e a mata fechada montam o cenário. Uma trilha que também confunde. O destino é a cachoeira de Santa Bárbara. Um terreno íngrime e cheio de folhagem exige cuidado.
Uma espécie de canion, uma queda d’água com quase 100 metros. Santa Bábrara é o nome do riacho que forma e batiza a cachoeira. Ao todo são 4 quilômetros de caminhada numa trilha onde pouca gente se arrisca.
Quarenta minutos depois, se chega aos pés do paredão rochoso banhado por uma água fria e quase cristalina. O vento, a água e o sol montam um verdadeiro espetáculo.
Água que brota da rocha. Apesar dessa beleza, a cachoeira de Santa Bárbara não recebe turistas por causa da dificuldade no acesso. “Tem que ter uma parceria entre os municípios, estado e Governo Federal para que a gente possa tomar uma iniciativa para a questão de acessibilidade”, diz o secertário de gabinete de Wanderlândia, Brênio Parreira.
Mesmo para quem vive no local há um bom tempo, como o motorista Claudiano Borges, quase tudo é novidade. “Eu não imaginava ter tanta beleza para aproveitar”, se surpreende.
A cachoeira da Costa Rica recebe turistas. A entrada é aberta ao público. O comerciante Hilário Lima, que toma conta do local, conhece bem a hidrografia. “O córrego Velano é afluente do rio Corda e se torna Canoa, Lage e Araguaína”, explica.
Ele é um dos poucos que ainda conseguem viver do turismo e sabe que o potencial pode ser melhor aproveitado. “Se o município de Wandelândia investir no turismo, teremos empregos, hotéis, lanchonetes, churrascarias, pousadas porque o município é uma paraíso escondido que ninguém conhece.” (Com informações do G1)