A oferta de crédito para fomento ao agronegócio e a agricultura familiar no Tocantins supera os R$ 2 bilhões para a Safra 2013/2014, de acordo com o Banco do Brasil (BB) e do Banco da Amazônia (BASA), maiores instituições na oferta de crédito rural no Estado. Segundo os bancos o setor do agronegócio que mais empresta recursos no Estado é a pecuária, responsável por 70% dos empréstimos.
Para o gerente de agronegócio da superintendência de Negócios, Varejo e Governo do Banco do Brasil no Tocantins, Elondir Biazibetti, o valor ofertado pela instituição, a partir da disponibilização de recursos do governo federal, supre as necessidades dos produtores do Estado. “O governo federal tem atendido aos pedidos de recursos. Então estamos em situação de atendimento de 100% das solicitações de crédito, com adições de até 15% além do previsto, atendidas prontamente”, disse o especialista.
Situação semelhante relata o gerente-geral do BASA no Tocantins, Evercino Ferreira, que aponta que o montante total do banco ultrapassa os R$ 800 milhões obtidos a partir de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). “Esse valor é destinado a todos os estados da região Norte do país e costuma flutuar de acordo com a necessidade de cada unidade. Aqui no Tocantins, o banco também trabalha com 100% das linhas de crédito aprovadas. Não costuma sobrar recursos”, garante Ferreira.
A divisão entre agricultura e pecuária na busca por recursos ainda é desigual no Tocantins, mas a tendências é que isso mude. “A agricultura no Tocantins, fomentada principalmente pela produção de grãos, está equilibrando a balança”, diz Ferreira.
Gargalos
Os pontos passíveis de melhora ao acesso ao crédito costumam ser os mesmos, conforme relato dos gerentes, sendo que o principal ponto a ser trabalhado é a oferta de assessoria técnica, principalmente ao pequeno produtor. “A capacitação de profissionais e o fomento a empresas desse setor é essencial. O Banco do Brasil conta com um projeto para capacitação de 40 empresas deste tipo no Tocantins. A ideia é fazer com que essas empresas busquem soluções customizadas para cada produtor”, explicou Biazibetti.
A falta infraestrutura e a logística para escoamento de produção também agem como agentes desestimuladores do agronegócio e, por consequência, do fomento ao crédito rural. “O Tocantins está inserido na região do Mapitoba, que compreende os estados do Maranhão, Piauí e Bahia, e precisa aumentar os investimentos em infraestrutura para garantir boas condições para atrair os produtores”, disse o especialista do BB. (JT)




