Na última segunda-feira (10), começaram em Marabá as inscrições para o programa Minha Casa, Minha Vida. Nos dois primeiros dias, a ação será destinada a um público específico: gestantes, idosos e deficientes físicos. Muitas pessoas que não se encaixavam no perfil procuraram o local de inscrições e houve tumulto e reclamações.
Na fila que se formou em frente ao ginásio que estava sendo feito o cadastro do programa havia muitas mulheres gestantes e idosos. Teve quem chegasse ainda no domingo para garantir que fosse atendido. “Pegando chuva, sol, parece que não adianta muito. Nós ainda não conseguimos nem sair do lugar”, afirma a costureira Maria de Fátima.
Por dia são distribuídas 360 senhas. Na segunda-feira (10), em menos de duas horas, todas já haviam sido entregues. Quem chegou cedo e não conseguiu atendimento reclamou.
“Eu acho muito errado esse negócio de só colocar quem eles conhecem. Aqui tem várias pessoas deficientes e eles não estão dando atenção”, denuncia a dona de casa Jaqueline Menezes.
Dentro do ginásio as pessoas esperavam a hora de serem chamadas para fazer o cadastro. “Serão atendidas as pessoas que estiverem dentro dos critérios estabelecidos pelo programa. Nós temos muitos curiosos, muitas pessoas que vieram em massa e não é o seu dia de cadastramento e acaba gerando uma quantidade maior de pessoas”, explica Anderson Viana, assistente social da prefeitura de Marabá.
“Foi um pouco tumultuado, mas a entrada aconteceu, estamos aqui de forma tranquila agora para a realização desse cadastro”, disse ainda o assistente social.
O aposentado José Moacir Ferreira, que teve a casa alagada pela enchente. Ele está morando em um abrigo e espera ganhar uma casa no programa, mas está encontrando dificuldades para se cadastrar. “Devia ser prioridade esses que foram atingidos pela enchente e estão perambulando por ai”, disse.




