A melhor forma de se prevenir contra a Hepatite B ainda é a vacinação, por isso, como todos os anos, a Sesau – Secretaria de Estado da Saúde já disponibilizou para os 139 municípios do Tocantins a vacina contra a doença. O imunobiológico está disponível gratuitamente nas 292 salas de vacina de todo o Estado principalmente para os seguintes públicos: menores de 01 ano, crianças e adolescentes de 01 a 19 anos e a população considerada como mais vulnerável para a doença, como caminhoneiros, portadores de doenças sexualmente transmissíveis, gestantes, manicures, pedicures, podólogos, lésbicas, bissexuais, transgêneros e pessoas que vivem em assentamentos e acampamentos, dentre outros.
Com a vacinação desses públicos, mais de 90% dos adultos jovens e 95% das crianças e adolescentes ficam imunizados contra a hepatite B. A enfermeira e gerente do programa de Hepatites Virais da Sesau, Arlete Lopes, afirma que “o Tocantins já disponibiliza essa vacina para estes públicos há alguns anos, mas a procura por parte da população é que tem sido baixa”. Só no ano de 2009, o Ministério da Saúde disponibilizou para o Tocantins 130 mil doses da vacina, e em 2010 até o momento já foram disponibilizadas 30 mil.
Arlete Lopes lembra que a transmissão pode ocorrer de diversas maneiras, lugares e entre diversos públicos, desde uma relação sexual sem preservativos até o compartilhamento de objetos contaminados, como lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, equipamentos de manicures e podólogos, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens. Usuários de drogas que usam instrumentos em comum, tanto no caso das injetáveis (cocaína, anabolizantes e complexos vitamínicos), como das inaláveis (cocaína) e das pipadas (crack), também correm risco de serem infectados com a doença. Profissionais expostos diretamente a materiais biológicos e procedimentos cirúrgicos, odontológicos e de hemodiálise, onde podem ocorrer acidentes quando não observadas as normas adequadas de biossegurança, também podem ser infectados pela hepatite B. E ainda pode ocorrer diretamente da mãe infectada para o bebê.
A enfermeira Arlete pede a população para que esteja atenta aos sintomas. “Como esta doença é silenciosa e seus sintomas são comuns em outros agravos, a suspeita para Hepatite passa despercebida”, alerta a gerente. Os sintomas são dores abdominais, febre, fezes esbranquiçadas, icterícia (pele e olhos amarelados), mal-estar, náuseas, perda de apetite, urina escurecida e vômitos. O tratamento da doença é gratuito e disponível pelo SUS – Sistema Único de Saúde.
Em 2009, foram notificados no Estado 121 casos de Hepatite B e em 2010 até a presente data foram notificados cinco casos, sendo que a faixa etária predominante é de 20 a 49 anos. (José Rodrigues)




