Agentes da Polícia Federal (PF) de São Paulo comandaram, ontem, a operação Lixa, em oito Estados, entre eles o Tocantins, para desmantelar uma organização criminosa especializada em roubo de caminhões e cargas. Durante a operação foram cumpridos mandados de prisão preventiva e mandados de condução coercitiva. No Tocantins foi efetuada uma prisão e cumprido um mandado de busca e apreensão.
Apesar da PF não ter revelado o nome do preso, o Jornal do Tocantins apurou que o suspeito palmense é Generival Alves de Oliveira, 54 anos. Ele tem uma empresa individual registrada no seu nome. Segundo a inscrição da empresa na Receita Federal, Generival de Oliveira trabalha com comércio de mercadorias em geral, em especial, produtos alimentícios. A empresa foi registrada em Redenção(PA).
De acordo com PF do Tocantins, durante a operação, que esteve sob a responsabilidade do delegado Hélber Marques, o suspeito foi preso por volta das 6 horas da manhã, na sua residência, onde também foram apreendidos vários documentos. O suspeito é acusado de intermediar, junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Pará, a falsificação de documentos roubados. Ele foi ouvido pelo delegado, encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), para exames de corpo de delito e posteriormente enviado à Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP).
Generival de Oliveira informou na CPPP que tem outro mandado de prisão expedido contra ele, mas não soube dizer o crime. Na prisão, ele está na sala especial 4.
Brasil
No total, segundo informações da PF de São Paulo, a operação apreendeu 36 veículos de grande porte que eram utilizados na quadrilha. Dos 14 mandados de prisão preventiva previstos para acontecer, até o final da tarde de ontem 12 tinham sido cumpridos. A PF prendeu também outras duas pessoas que não estavam na relação inicial em flagrante.
Além de Palmas, a operação aconteceu nas cidades paulistas de Sumaré, Mogi Mirim, Jundiaí, Louveira, Várzea Paulista e Paulínia; em Ponta Grossa (PR); Lages (SC); Paranaíba (MS); nas cidades mineiras de de Uberlândia, Uberaba e Ituiutaba; nas cidades goianas Inhumas e Goiânia e em Xinguara (PA).
Investigação
Segundo a PF, durante um ano e meio de investigações foram apurados o envolvimento da organização no roubo, receptação de cargas, caminhões e carretas. Além desses crimes, o grupo é acusado de confeccionar de sinais identificadores falsos e aliciar servidores do Detran para fornecimento de informações de veículos para clonagem e para inserção clandestina de dados de veículos com adulteração de chassis.
A PF informou, ainda, que os envolvidos no possível esquema criminoso serão indiciados, de acordo com as devidas participações, pelos crimes de roubo, quadrilha, receptação, adulteração de sinais identificadores e modificação de sistemas de informação sem autorização, que para tais crimes as penas são superiores a oito anos de reclusão.
O coordenador-chefe da operação Lixa foi o delegado Marcius Fernando Koenemann Franco , do Mato Grosso do Sul. (Jornal do Tocantins)




