O Estado do Tocantins vai encarar no dia 3 de outubro sua sétima eleição para o comandante do Palácio Araguaia com um contingente de 63,4 mil eleitores a mais do que havia nas eleições realizadas há quatro anos. Contudo, a maioria desse eleitorado ainda possui baixa formação escolar, pois 60,8% dos quase 950 mil eleitores sequer concluíram o ensino fundamental (que hoje vai até o chamado nono ano). Para chegar a essa conclusão, o Jornal do Tocantins cruzou dados do eleitorado de abril (Brasil) e junho (Tocantins) de 2006, disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de maio deste ano (totalizados após o fim do prazo de transferência e inscrição eleitoral) para a comparação do quantitativo. E para a distribuição do eleitorado quanto ao grau de instrução, os dados comparados são de junho de 2006 e abril deste ano, disponíveis no TSE.
Em termos percentuais o crescimento do eleitorado tocantinense foi de 7,2% entre junho de 2006 e maio deste ano. Há quatro anos, eram 882.728 eleitores aptos a votar; em maio deste ano já são 946.156. A variação de crescimento está acima da nacional, que é 6,5%. Em abril de 2006, o País possuía 125,9 milhões de eleitores aptos e agora, no último mês de abril, mais de 134 milhões.
Variação
Embora a Capital tenha sido a que mais cresceu, em números absolutos de eleitores – mais de 18,4 mil novos votantes – foram as menores cidades do Estado que mais cresceram em termos percentuais. Na Capital, eram 122,3 mil eleitores em 2006, agora são 140,7 mil aptos, um crescimento de 15%. Percentualmente, Palmeirante, a 339 quilômetros da Capital e com menos de 5 mil habitantes foi a que mais ganhou eleitores, 28,8%, ao passar de 2.528 para 3.257 (729 novos eleitores) aptos a votar, segundo dados do TRE finalizados no dia 27 de maio deste ano. Nesse quesito, seguem Carrasco Bonito (28,1%), São Miguel (25,6%) e Araguanã (23,2%).
Em números absolutos, depois de Palmas, ganharam eleitores, Araguaína (7,8 mil), Porto Nacional (3 mil), Paraíso (2,7 mil) e Colinas (2,1 mil).Entre as que mais perderam em número absolutos de aptos, estão Xambioá, com 1.860 a menos. Eram 9.162 em 2006 e restaram 7.302 neste ano, queda de 20,3%. Em seguida, Dueré (-1.155), Santa Fé (-808) e Figueirópolis (-797). Em termos percentuais, porém, a maior redução do eleitorado ocorreu em Crixás (-33%), Dueré (-31,7%), Talismã (23%) e Presidente Kennedy (20,6%).
Formação
Em abril de 2010, segundo dados do TRE e do TSE, o Tocantins estava com 927.039 eleitores, número que subiu, em maio, para 946.156. Contudo, o cálculo sobre a formação escolar do eleitorado desta última contagem ainda não foi disponibilizado, por isso a distribuição leva em conta os dados de abril deste ano em comparação a junho de 2006.
A maioria (60,8%) dos eleitores do Tocantins não completou o primeiro grau: são 564.085 sem concluir o ensino fundamental. Eles estão distribuídos entre os 27 que não informaram a escolaridade, os 84 mil que se declararam analfabetos; 180,7 mil que afirmaram saber ler e escrever e os 299,2 mil que declararam não ter concluído o primeiro grau.A proporção do Tocantins fica acima da existente no País, em que 54,1% dos mais de 134 milhões de eleitores não concluíram o ensino fundamental. Portanto, são 6,7 pontos percentuais de diferença do Estado para o Brasil.
Analfabetos
Contudo, comparando cada faixa de escolaridade nas quais o TSE distribui o eleitorado, nota-se que houve redução de 11,3% dos que só sabem ler e escrever. Houve queda de 22,9 mil em relação a 2006 (eram 203,6 mil e agora somam 180 mil).
Em relação ao País o Tocantins se saiu melhor nesse quesito, em termos percentuais, já que a redução nacional ficou em 6,9%.
Em seguida a maior queda está entre os analfabetos, com redução de 4% ao passar de 87,5 mil em 2006 para 84 mil neste ano. Queda, absoluta, de 3,4 mil eleitores.
Em comparação ao País, outra pequena vantagem do Estado, pois o eleitorado brasileiro analfabeto reduziu 3,4%.
Já entre os que declararam ter primeiro grau incompleto a redução foi de mil pessoas (0,3%) e dá outra vantagem em relação ao balanço nacional. Neste são 299,2 mil eleitores a mais com primeiro grau incompleto (alta de 1,8%). (Lailton Costa – Jornal do Tocantins)




