Na manhã desta sexta-feira, 6, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (SINTET), se manifestou oficialmente por meio de nota, sobre as declarações feitas pelo deputado estadual tocantinopolino, José Bonifácio (PR), que criticou o comportamento do sindicato.
O também tocaninopolisno, professor Cleber Borges de Moraes, diretor regional do SINTET no Bico do Papagaio, participou da elaboração do documento.
Veja a nota:
NOTA DE REPÚDIO AO PRONUNCIAMENTO DO DEP. ESTADUAL JOSÉ BONIFÁCIO.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (SINTET) não só repudia como lamenta atitude do deputado estadual José Bonifácio em criticar a atuação do sindicato, em detrimento a sua defesa pela eleição direta para diretores de escola e contra a interferência política nas escolas.
O SINTET tem vinte e seis anos de história na luta em defesa dos profissionais da educação e de uma educação pública de qualidade, essa é a nossa missão. Se o parlamentar está se sentindo ofendido é por que de fato “a carapuça serviu”.
Em seu discurso na sessão de quinta-feira, 05 de fevereiro, na Assembleia Legislativa, o parlamentar se contradiz ao dizer que não há interferência políticas nas escolas, enquanto afirma “em seus dez colégios isso não acontece” (palavras de José Bonifácio), porventura, o nobre parlamentar é empresário do ramo da educação particular para ter dez escolas?
Para o SINTET as escolas são da comunidade e devem ter autonomia dos profissionais competentes para serem geridas, visando assim que o objetivo de se oferecer uma educação pública de qualidade seja cumprido.
O SINTET acredita que o deputado José Bonifácio deve se ater ao papel de legislar em prol do povo tocantinense e não de meia dúzia de apadrinhados. E se tem interesse em legislar em favor dos profissionais da Educação que contribua com apoio ao debate, que solicita aumento de 25% para 30% dos recursos do orçamento para serem aplicados na Educação.
O SINTET sugere ainda que o deputado busque conhecer mais sobre a luta e a representatividade sindical. O parlamentar deve respeitar o trabalhador, inclusive o seu direito de protestar, e não mandar o povo e protestar “na baixa da égua”. Ora o legislador não é eleito se não para representar o povo?
Quanto ao secretário estadual, professor Adão Francisco receber o SINTET para conversar lembramos ao deputado, que estamos em um governo democrático e não na ditadura, por isso os governos dialogam com os movimentos sociais e sindicais.
O SINTET acredita na competência profissional do professor. “Adão foi indicado por mérito próprio e pela sua competência e formação profissional”. Adão tem histórico na contribuição da luta sindical deste Estado, mas entendemos que hoje ele é governo, e o sindicato permanece com sua representatividade, o SINTET não vai parar a luta, qualquer que seja o governo ou que esteja no governo.
Em seu pronunciamento o deputado só confirma quem ele é de fato, segundo as palavras dele em outro pronunciamento na tribuna da Casa de Leis “Eu sou é da ditadura e gosto de ser arbitrário”.
O SINTET conclui dizendo que não se intimida com a indignação do deputado e que fortalecerá seu empenho na luta por uma educação pública de qualidade, porque acredita que só com educação é que o povo pode ser liberto de representantes como o nobre deputado.




