O Ministério da Saúde (MS) divulgou ontem um balanço dos casos de hanseníase de 2012, no qual o Tocantins apresenta o segundo maior número de casos: são 5,54 para cada 10 mil habitantes. No entanto, dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) mostram que, no mesmo período, a taxa de cura de doentes foi de 87,9%, além do índice de apenas 1% de desistência do tratamento, o que pode melhorar os resultados dos próximos anos.
O índice do Tocantins é menor apenas que o do Mato Grosso, de 7,69 doentes para cada 10 mil habitantes. Em terceiro lugar vem o Maranhão, com 5,22 casos para cada 10 mil habitantes. Quanto ao índice de detecção da doença, enquanto o MS aponta que no Brasil a taxa foi de 17,17 para cada 100 mil habitantes, no ano de 2012, no Tocantins o número foi de 72 para cada 100 mil habitantes.
Panorama
Segundo a gerente de núcleo de hanseníase da Sesau, Isabel Borges Monici, os números não são preocupantes, mas um sinal de que a doença tem sido diagnosticada mais cedo. “Com o diagnóstico precoce é possível evitar que a doença deixe sequelas, e principalmente que o tratamento se inicie antes que contagie outras pessoas, por isso esse número elevado de diagnósticos em 2012 pode representar um controle maior da doença nos próximos anos”, afirma.
Segundo Isabel, o índice de prevalência corresponde aos casos em tratamento somados aos novos diagnósticos. “Outro sinal de que o Tocantins está evoluindo é de que a porcentagem de cura no Estado é de 87,9% dos casos, e a taxa de desistência do tratamento é de apenas 1%, o que tende a reduzir o número de casos antigos”, pontuou.
Tratamento
Para a gerente de núcleo da SESAU, o principal desafio é a continuidade do tratamento. “Quando está recebendo a medicação, o doente deixa de ser transmissor”, ressalta, acrescentando que o tratamento medicamentoso, que vai de seis meses a um ano, cura e é gratuito na rede pública de saúde. “Assim que surgirem manchas de cor diferente, com perda ou diminuição de sensibilidade é necessário procurar uma unidade de saúde para iniciar os cuidados o quanto antes”, pontua. (Jornal do Tocantins)




