Na primeira entrevista após assumir o cargo de prefeito, o prefeito Tião Miranda revelou à que pretende decretar Situação de Emergência em relação à coleta de lixo da cidade. Ele garantiu que a empresa Limpus, que realizava a coleta desde o início do governo de Maurino Magalhães, demonstrou que não tem capacidade de realizar o serviço.
Miranda disse que a intenção de sua gestão é que a Prefeitura volte a ser a responsável pela coleta, varrição e outros serviços correlatos, mas como o acúmulo de lixo é grande em todos os núcleos e zona rural, será preciso decretar Situação de Emergência, única forma de contratar imediatamente caminhões para realizar o serviço de forma emergencial.
Junto com Tião Miranda, seu vice Antônio Carlos Cunha Sá, delegado licenciado da Polícia Federal, assumiu garantindo que vai estar ao lado do gestor municipal para resgatarem o passivo financeiro e a imagem do município, que “anda muito desgastada há oito anos”.
No discurso de posse, Tião reconheceu pela primeira vez em público um quadro de depressão preocupante, o qual, segundo ele, tem lhe ocasionado muitos desgastes. “Quem tem essa doença não comanda sua cabeça e mesmo nos momentos mais difíceis o Toni esteve ao meu lado. Senti uma corrente de oração muito positiva. Quero ver uma Marabá melhor para as pessoas viverem. Vou fazer o melhor para a minha cidade. Nossa equipe de funcionários e secretários é preparada. Tenho o interesse de fechar minha biografia política de uma forma positiva”.
O discurso de Tião emudeceu a plateia, que só rompia o silêncio para aplaudi-lo em alguns momentos de frases de efeito. Um grupo de correligionários dele chegou mesmo a gritar “o campeão voltou, o Tião voltou”.
Mesmo durante a cerimônia, Tião dava sinais de mudança de humor. Muito alegre em alguns momentos, em outros ficava ensimesmado e parecia estar com pensamento bem distante. No final, após a entrevista coletiva, ainda tomou tempo para pousar para algumas selfies com populares e conversar com algumas pessoas.
Na segunda-feira, pela manhã, não apareceu na Prefeitura para trabalhar. À tarde, foi à Secretaria de Obras, de onde gostava de despachar até o ano de 2008, quando foi prefeito pela primeira vez. (Correio do Tocantins/Ulisses Pompeu)




