Preocupado. Assim se encontra o secretário de relações institucionais, Eduardo Siqueira Campos, pré-candidato a governador em 2014. O motivo seria a possibilidade de enfrentar Marcelo Miranda em um confronto direto nas urnas. Marcelo foi o único político a derrotar a família Siqueira, em duas oportunidades. A primeira em 2006 em um confronto direto contra o atual governador Siqueira Campos e outra em 2010 quando Miranda conseguiu uma vaga no Senado Federal vencendo o candidato siqueirista Vicentinho Alves.
Com diversas sondagens nas mãos, Eduardo tem a nítida conclusão de que se as eleições fossem hoje e houvesse um confronto contra Marcelo Miranda, ele, nem seu pai, o atual governador Siqueira Campos, seriam capazes de vencer Miranda.
Tentando criar mecanismos para reverter a situação, a cúpula política do Palácio Araguaia trabalha com quatro prioridades: A primeira é a de expor a imagem de Eduardo Siqueira ao máximo, levando o secretário a ter aparições nas campanhas publicitárias do Governo do Estado, participação em solenidades, negociações com categorias, entregas de tablet’s, sanfonas, anúncios de licitações, participação em posses, carnavais, tudo que traga exposição e ligue Eduardo a situações positivas, uma estratégia básica para melhorar a imagem desgastada do ex-senador que vem de derrotas desastrosas e enfrenta resistência da claras da população que admira e tem gratidão por Siqueira Campos, mas reprova Eduardo em todos os sentidos.
O segundo ponto é a ação de sair do PSDB, partido de oposição a Dilma Russeff e ao ex-presidente Lula e se filiar a uma legenda de apoio. Atualmente as conversar ja´estão bem adiantadas com o PSB que pode ser o destino de Eduardo. Ainda no campo partidário Eduardo tenta dar um cheque-mate em Marcelo Miranda, cooptando o PMDB, levando a sigla para o Palácio Araguaia e deixando o ex-governador sem partido, portando sem alternativa para entrar na disputa.
A terceira medida é inviabilizar juridicamente Marcelo Miranda. A inegibilidade do ex-governador vence este ano, tornando Marcelo apto qualquer cargo político em 2014. Só que Eduardo, já trabalha nos bastidores para confirmar a reprovação das contas de Miranda feitas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), só que agora na Assembleia Legislativa, tornando a deixar o ex-governador novamente inelegível e fora de qualquer disputa. Mas a jogada de Eduardo não para ai. O secretário articula a reprovação das contas de Marcelo na Assembleia apenas para o ano que vem, nas proximidades da eleição, dificultando a defesa de Marcelo e confundindo a cabeça do eleitor, que passaria a campanha sem saber ao certo se Miranda seria ou não candidato de verdade, como aconteceu em 2010, que na disputa pelo Senado, Marcelo venceu mas não tomou posse.
É simples assim. Eduardo sabe, que se a disputa fosse hoje, ele teria uma flagrante derrota, não apenas pela fragilidade do governo que é controlado por ele próprio, mas a derrota seria em sua maior proporção provocada por ele próprio, que em meio a vaidade nunca se atentou ao fato de efetivamente fazer política de forma séria e comprometidas. Todas as sondagens internas apontam uma vitória de Marcelo no confronto direto contra Eduardo que joga todas as suas fichas no uso velado da maquina administrativa.




