Pego pela Polícia Federal com seu nome citado em conversas do bicheiro Carlinhos Cachoeira que está preso em uma penitenciaria no Rio Grande do Norte, o governado do Tocantins, Siqueira Campos, foi se encontrar com outros seis governadores do PSDB, entre eles Marconi Perillo, também citado diversas vezes nas escutas da Polícia Federal. Outros chefes de governos presentes eram Beto Richa, do Paraná; Antônio Anastasia, de Minas Gerais; Geraldo Alckmin, de São Paulo; José de Anchieta Jr, de Roraima; e Simão Jatene, do Pará. O grupo assinou uma carta em que defendem o enfrentamento do que classificaram de “falência federativa”. O encontro aconteceu nesta terça-feira, 17, em Curitiba, e contou com a participação do deputado federal Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB.
Os governadores, manifestada por meio de documento sobre a preocupação quanto a redução do poder de investimento das unidades da federação, provocada principalmente pelo aumento constante das atribuições delegadas aos Estados na prestação de serviços públicos. Os governadores também defendem a mudança dos indexadores usados para o pagamento das dívidas com a União.
Uma das propostas discutidas no encontro, para melhorar as receitas estaduais e aumentar os investimentos, foi a criação de um mecanismo chamado Desvinculação das Receitas dos Estados (DRE), a exemplo do que existe na União. “Esse mecanismo seria vinculado à área de investimentos. É uma proposta importante para o desenvolvimento econômico e social de cada estado”, afirmou Richa. Os governadores reafirmaram a disposição de discutir um reequilíbrio na distribuição dos recursos da arrecadação tributária entre a União e os estados.
O texto da carta divulgada pelos governadores informa a preocupação com “os riscos para a sustentabilidade econômica e social do país diante da vulnerabilidade provocada pela falta de uma política industrial consistente, que tem causado o desmonte do parque industrial nacional”.
Na Carta de Curitiba, eles defendem a necessidade de “uma agenda emergencial e sincera com o governo federal, para um reposicionamento nacionalista em torno de temas como a redução de encargos e do comprometimento dos estados com o pagamento da dívida com a União”. (Com informações da Agência Estadual de Notícias do Paraná)




