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sábado, dezembro 6, 2025
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Sob pressão, Câmara ensaia cassação do prefeito de Marabá

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Durante sessão ordinária realizada na sexta-feira (13) para votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de Marabá, os vereadores foram surpreendidos por um grupo de mais de 200 servidores municipais que foram ao local empunhando faixas para protestar contra o atraso no pagamento dos salários referente a junho, que deveria ser depositado até o 5º dia último deste mês.

O tema da LDO foi deixado em segundo plano e os vereadores concederam a palavra aos representantes dos servidores, através do presidente do Servimar (Sindicato dos Servidores de Marabá), e do Conselho Municipal de Saúde.

Edmilson Rodrigues, presidente do Servimar, lamentou que a Prefeitura de Marabá esteja atrasando constantemente os salários dos servidores, mas também advertiu que é preciso que os vereadores se mobilizem para defender os funcionários públicos, que estão com muitas dívidas no comércio e junto aos bancos. “Muitos já estão passando fome, porque até mesmo o vale alimentação está atrasado três meses e não temos a quem recorrer”, advertiu ele.

Rodrigues revelou que 12 das 24 secretarias municipais estavam sem receber seus salários até ontem, entre eles os da Secretaria Municipal de Saúde, que resolveram realizar uma greve branca, assinaram o ponto, mas não atenderam os pacientes, deixando a população revoltada com o prefeito municipal, Maurino Magalhães.

Por sua vez, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Demerval Bento da Silva, disse que a situação dos servidores está insustentável e que sugeriu aos vereadores que o prefeito deveria ser cassado hoje mesmo pela Câmara. Ele revelou que apenas este ano o Ministério da Saúde repassou ao município R$ 21 milhões e mais a contrapartida de 15% do município daria para gerir com folga a saúde do município.

O vereador Edivaldo Santos (PPS) leu uma carta em que pediu abertura de uma Comissão Processante para apurar denúncia de improbidade administrativa e o processo de cassação do prefeito de Marabá, alegando que a Lei Orgânica do Município prevê essa possibilidade.

Ao usar da palavra, a vereadora Júlia Rosa (PDT) reconheceu que a medida capaz seria uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e avalia que outro remédio seria apenas um paliativo neste governo. “Temos quatro assinatura e precisamos apenas de mais uma. Na área de saúde, o caos é total, com falta de medicamentos nos hospitais e de condições de trabalho para os servidores”, lamentou.

A vereadora Vanda Américo disse que a situação em que está a Prefeitura de Marabá está é uma tragédia anunciada e que o não pagamento de salários é apenas a ponta do iceberg do rombo no erário municipal.

Por fim, os vereadores interromperam a sessão e adiaram a votação da LDO para a próxima segunda-feira, na condição de que o prefeito Maurino Magalhães vá à Câmara explicar por que não está pagando o funcionalismo. A ideia da abertura de uma CPI foi freada pela própria Vanda, uma das líderes da oposição, que advertiu que os membros de uma Comissão Parlamentar não teriam tempo para trabalhar em suas campanhas de reeleição em função desse projeto. “Vamos abrir essa CPI após 7 de outubro, porque vamos mostrar que trabalhamos com responsabilidade”, opinou, o que foi aceito pelo colegas.

Procurado pela reportagem, o Gabinete do Prefeito Maurino informou que ele estava viajando e que só retornaria a Marabá no final da tarde desta sexta-feira, quando deverá se manifestar sobre o atraso no pagamento dos salários. (Blog do Zé Dudu – Ulisses Pompeu)

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