A pouco mais de um mês do encerramento definitivo do contrato entre a Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar (Pró-Saúde) e a Secretaria de Estado de Saúde (SESAU), vários serviços ainda não foram licitados, e as dívidas ainda não foram quitadas. Segundo o termo de rescisão amigável assinado pelas partes em 10 de julho deste ano, a dívida calculada pela Pró-Saúde era de R$ 38.902.684,52.
Segundo a secretária Vanda Paiva, as dívidas ainda existem, mas estão sendo quitadas aos poucos. “Todos os meses o Estado paga uma parcela, mas são feitas novas aquisições, novos pagamentos que acabam sendo somados à dívida original”, diz. No entanto, a titular da pasta não soube precisar o valor exato do débito do governo neste momento.
Serviços
O encerramento definitivo do contrato entre a Pró-Saúde e a Sesau está previsto para o dia 31 do próximo mês. Segundo a SESAU, os processos licitatórios relacionados à limpeza, alimentação, material de insumos e medicamentos já foram encerrados, e os demais estão em andamento. A secretária acredita que até o final do prazo todos os trâmites já estarão concluídos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Tocantins (SINTRAS), Manoel Miranda, a entidade recebeu reclamações de que alguns telefones de anexos da SESAU teriam sido cortados e estariam atrapalhando o trabalho dos servidores. “Sem telefone fica difícil dar prosseguimento às atividades, porque a secretaria precisa ligar para os municípios e fica impedida. Isso é um absurdo, e reflete a falta de planejamento da SESAU e do governo, e a população é a mais prejudicada”, reforçou.
Para Miranda, o maior problema da saúde pública no Estado é a falta de experiência dos gestores. “O mínimo que se espera de um secretário de saúde é experiência não apenas em administração, mas principalmente em saúde. O que se vê hoje são pessoas colocadas em escritórios apenas para assinar documentos”, afirmou.
Para o presidente do SINRAS, outro grande problema enfrentado principalmente pelas cidades do interior é a falta de médicos nos Postos de Saúde da Família (PSF). “O PSF pode ficar até três meses sem médico e continuar a receber verba. Então, ele demite o profissional, fica dois meses sem, e depois contrata outro”, explica. “É uma prática comum entre os municípios, e um comportamento desleal e desumano com a população”, protestou.
A secretária informou que nem todos os órgãos da SESAU foram atingidos por esse problema de corte de telefone. “São algumas linhas de algumas unidades hospitalares, mas nós já entramos em contato com a companhia telefônica e até segunda-feira a situação já estará regularizada”, garantiu. (Com informações do Jornal do Tocantins)




