Os servidores do Hospital Regional de Araguaína (HRA) afirmam que não se sentem seguros dentro da unidade. De acordo com servidores que não quiseram se identificar, a sensação de insegurança aumentou a partir da inclusão de uma ala psiquiátrica na unidade. “Fui ameaçada várias vezes e uma colega levou um soco de um paciente há dois dias”, comentou uma técnica de enfermagem.
A ala psiquiátrica foi inaugurada no dia 12 de novembro do ano passado, com dez leitos, enfermaria, consultório, posto de enfermagem e área de convivência. Uma semana após a inauguração, no dia 19, um paciente da referida ala teve um surto e saiu quebrando objetos da unidade, inclusive uma porta de vidro que dá acesso à Unidade de Terapia Intensiva.
No último dia 16, mais uma vez, um paciente psiquiátrico saiu correndo pelos corredores da unidade e precisou ser contido por funcionários e pela Polícia Militar (PM).
Histórico
O hospital foi cenário de um tiroteio no dia 12 de novembro de 2012, quando três homens armados e encapuzados invadiram a unidade e executaram o paciente Jonathan Silva Santos, 18 anos, que havia sido vítima de uma tentativa de homicídio horas antes, no Setor Jardim das Flores.
Situação semelhante aconteceu no Hospital Geral de Palmas (HGP), no último dia 18, quando três homens invadiram o hospital e, na saída, atiraram em duas pessoas. Os sindicatos representantes dos profissionais de saúde prometeram oficiar a Secretaria Estadual de Saúde (SRSAU) devido à insegurança na unidade. No entanto, até ontem, nenhuma providência para reforçar a segurança do HGP havia sido tomada pelo órgão.
Resposta
Questionada sobre a situação apontada pelos servidores do HRA, a SESAU informou, através de nota, que está finalizando o processo de contratação de empresa de segurança e a instalação do circuito de monitoração por meio de câmeras de vigilância nas unidades hospitalares. (Jornal do Tocantins)
