A liminar que garantiu o retorno de Wanderlei Barbosa ao comando do Tocantins será submetida ao crivo da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a partir desta quarta-feira (10). A decisão que suspendeu o afastamento de 180 dias — determinado no âmbito da Operação Fames-19 — foi assinada pelo ministro Nunes Marques, mas, por ser monocrática, precisa agora ser referendada pelos demais integrantes do colegiado. O julgamento ocorrerá no plenário virtual, com conclusão prevista para quinta-feira (11).
Wanderlei reassumiu o cargo após permanecer três meses afastado devido às investigações que apuram suposto desvio de recursos destinados ao enfrentamento da pandemia. A decisão que permitiu sua volta recolocou o governo em novo ritmo político, mas ainda depende da análise da turma composta pelos ministros Dias Toffoli, Luiz Fux, Nunes Marques, André Mendonça e Gilmar Mendes — presidente do colegiado. Caberá ao grupo definir se a liminar será mantida ou derrubada.
O julgamento ocorre em meio a uma semana decisiva para o cenário jurídico do governador, já que também está em pauta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o recurso relacionado ao processo que pede a cassação de seu mandato. A simultaneidade das análises destaca o peso institucional das decisões que devem orientar os próximos passos da administração estadual e o desfecho das investigações que cercam a Operação Fames-19.




