A quebradeira de coco dona Raimunda Gomes da Silva, de 77 anos, conhecida nacionalmente e internacionalmente contou ao Jornal do Tocantins que passa por sérios problemas de saúde e financeiros. “Um deles é a cegueira de um olho devido à catarata e diabetes. Também não consigo andar”, relatou.
Dona Raimunda reside em São Miguel do Tocantins, e disse que para realizar consultas é necessário ir até Imperatriz (MA) e Augustinópolis, extremo Norte do Estado, mas que nem sempre é possível, pois não tem condições de abastecer o veículo. “Preciso de ajuda para me deslocar até para comprar os remédios. Quem puder me ajudar agradeço muito”, falou emocionada. A idosa mora com o esposo e um filho que também enfrentam problemas de saúde.
O professor do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Fábio D’Abadia esteve com ela e a família no último final de semana. “Ela está jogada em um rede. Dona Raimunda é a figura feminina mais importante da história do nosso Estado, além de ter reconhecimento no País e no exterior”, ressaltou. D’Abadia juntamente com o repórter cinematográfico Jorge Cardoso e uma equipe da universidade foram gravar um documentário sobre as quebradeiras de coco.
Conhecida como Raimunda Quebradeira de Coco, ela foi líder comunitária do povoado Sete Barracas e responsável pela fundação do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), criado em 1991 e atuante nos estados do Pará, Tocantins, Piauí e Maranhão.
No último dia 26, dona Raimunda foi homenageada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Segundo a comissão, o prêmio foi entregue às mulheres que tenham contribuído para o pleno exercício da cidadania, na defesa dos direitos da mulher e nas questões de gênero. (Jornal do Tocantins)