A assessoria do prefeito de São Bento do Tocantins, Claudivan Tavares (PTB), apresentou os primeiros dados sobre o estado que o gestor recebeu a Prefeitura Municipal. Segundo a assessoria, Claudivan tem encontrado diversas dificuldades principalmente pela falta de recursos em caixa, grande número de dívidas, atrasos na folha de pagamento de dezembro, 13º salários e férias de servidores, além de quase R$ 84 mil reais em cheques sem fundos já protestados.
Conforme relatórios repassados pelo Banco do Brasil, foram emitidos vinte cheques sem fundos pela ex-prefeita Lafaete Milhomem (PMDB), totalizando uma dívida de R$ 83.268,40. Os valores assinados nas ordens de pagamentos variam de R$ 972,00 a R$ 14 mil. Outro documento emitido pela Caixa Econômica Federal mostra que a prefeitura está com anotações no Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal e/ou estadual (CADIN), está inadimplente desde outubro de 2011 com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), tendo ainda cinco anotações de pendências financeiras (PEFIN/REFIN) com empresas de telefonia, sociedades empresárias e pessoas físicas.
Além disso, a ex-gestão deixou uma relação de 36 contas bancárias em operação no Banco do Brasil, mas em apenas quatro delas o saldo era superior a cem reais. Ainda na semana passada, a secretária de finanças do município, Dorilene Araújo, recebeu uma relação com outras 17 contas bancárias, não informadas na relação deixada pela ex-prefeita.
Os levantamentos também apontam que pelo menos 133 servidores públicos municipais ficaram sem receber o salário de dezembro, totalizando uma dívida de R$ 80.955,34. Os débitos referentes às férias e 13º salário ainda não foram contabilizadas por causa da ausência de documentos deixados pela ex-gestora, já que todas as informações foram apagadas dos computadores da prefeitura no dia 29 de dezembro.
Outros levantamentos mostram que a ex-prefeita Lafaete Milhomem (PMDB) deixou de repassar às instituições financeiras valores referentes aos empréstimos consignados de pelo menos 50 servidores. Conforme observado nos documentos, o montante era deduzido dos salários, mas não repassado ao Banco contratado, ocasionando restrições nos nomes dos servidores. A dívida total supera os R$ 30 mil referentes aos três últimos meses de 2012.
Conforme estimativas, as dívidas do município podem ultrapassar a ordem de R$ 1 milhão. Uma auditoria já está em andamento na Prefeitura e o relatório será encaminhado ao Ministério Público Estadual.




