A estrutura montada pela Gerência de Obstetrícia da Santa Casa de Misericórdia do Pará para atender grávidas no feriado de Carnaval conseguiu atender a grande demanda na maternidade, informou nesta quarta-feira (13) a médica Débora Carneiro, uma das gerentes da instituição.
O esquema de funcionamento mobilizou mais de 100 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e servidores de apoio.
Dos 427 atendimentos feitos pela Santa Casa às gestantes durante o feriado prolongado, 111 tiveram os bebês no hospital – sendo realizadas 61 cesáreas e 50 partos normais.
A Santa Casa prioriza os casos de gestação de alto risco, que neste feriado atingiram mais de 75% dos atendimentos na Obstetrícia. Muitas mulheres que procuraram o hospital apresentaram gestação de risco, por conta de pré-natal mal feito.
Força-tarefa
Carmem Peixoto, gerente do setor de Triagem e Obstetrícia, montou uma equipe com mais de 15 profissionais em regime de plantão, para os cinco dias de feriado. “É preciso uma força-tarefa para dar conta do primeiro atendimento para as mulheres que chegam ao hospital”, ressaltou.
Para Edineire Silva e Silva, que veio da zona rural do município de Acará, no nordeste do Estado, o atendimento na Santa Casa foi eficiente. “Fui atendida rapidamente. Graças a Deus ganhei meu filho no carnaval e já recebi alta nesta quarta-feira de cinzas”, contou.
Josiane Monteiro, moradora do bairro da Sacramenta, em Belém, disse que brincou o carnaval em um bloco no sábado (09) e no domingo (10), mas na segunda-feira (11) foi trazida às pressas para a maternidade, onde teve seu terceiro filho, que vai se chamar Alisson Daniel. “Iniciei brincando o carnaval, e no final estou levando meu filho para casa, que nasceu na época de folia”, declarou.
Na última segunda-feira (11) foram atendidas 98 mulheres, das quais 42 ficaram internadas. A equipe de plantão da Santa Casa se desdobrou para dar conta do grande número de partos.
No feriado o hospital também registrou 35 casos de abortos, causados principalmente pelo uso de drogas abortivas, falta de pré-natal e infecções. (Samuel Mota)




