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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Rodovias em estado crítico são alvo de reclamações

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Buracos, falta de sinalização horizontal e vertical, e mato cobrindo as poucas placas que sinalizam as rodovias estaduais, são apenas alguns dos vários problemas encontrados nas estradas que cortam o Tocantins. Motoristas relatam que em muitos trechos fica impossível detectar se a estrada já contou com pavimentação.

No último mês de março, o Jornal do Tocantins fez um levantamento a partir de dados divulgados pela Agência de Máquinas e Transportes do Estado do Tocantins (AGETRANS), que apontou que o Estado tinha 2.006,8 quilômetros de rodovias estaduais em condições críticas prioritárias. Na época, o governo estadual prometeu concluir a recuperação dos trechos críticos em até 60 dias e inaugurar no mesmo período aproximadamente 240 quilômetros de asfalto novo.

Mais de 60 dias após o final desse prazo, o JTo procurou a AGETRANS buscando informações sobre o andamento dessas obras. No entanto, a agência não deu respostas concretas sobre os questionamentos feitos pela reportagem quanto ao porcentual de rodovias já recuperadas ou pavimentadas, quais os piores trechos e qual a previsão de recuperação dos mesmos, além do valor que já foi investido na malha viária do Estado.

Vergonha

Daniel Favoritti, 38 anos, é natural do Estado de São Paulo e trabalha há 18 anos como caminhoneiro. Ele ressalta que o medo de assaltos é maior em estradas sem manutenção como as do Tocantins. “Por causa dos buracos temos que andar mais devagar e assim somos presas fáceis para bandidos. Tenho alguns amigos que já foram assaltados por causa disso”, relata.
”Está uma vergonha”, afirmou João Alvez, 45 anos. Ele é caminhoneiro há 23 anos e mora em Palmas desde 1990. “Desde a criação deste Estado eu nunca vi uma vergonha tão grande como essas estradas. A maioria está um buraco só.”

De acordo com o caminhoneiro, os piores trechos são de Colinas do Tocantins a Filadélfia, com 173 quilômetros; de Palmeirante a Goiatins, trecho de 107 quilômetros; Guaraí a Couto Magalhães, 106 quilômetros; e Araguaína a Filadélfia, 106 quilômetros. “De Palmeirante a Goiatins não dá mais para ver o asfalto”, disse.

O recapeamento das rodovias também é criticado pelo motorista. “De Guaraí a Couto tem um trecho que eles recapearam. Eles simplesmente pegaram os buracos e viraram de cabeça para baixo. Você olha a rodovia e vê aquele monte de morrinhos porque o trabalho foi feito literalmente nas coxas.”

Governo

Em nota, a AGETRANS se limitou a dizer que dos 13 mil quilômetros de rodovias do Estado, apenas cinco mil são pavimentadas. Segundo os dados apresentados pela agência, dos 13 mil quilômetros, 595 quilômetros estão passando por serviços de roçagem e tapa-buraco, porém nenhum dos trechos citados pelos motoristas está sendo contemplado com os serviços.

A AGETRANS voltou a prometeu, também em nota, que até o final do mês devem ser iniciadas as obras de reconstrução de 213 quilômetros de asfalto na região Sudeste do Tocantins, em trecho que liga a TO-040 a TO-110, próximo ao município de Dianópolis, nas divisas com os Estados da Bahia e Goiás. Segundo a agência, a obra será feita em parceria com o Exército Brasileiro, com investimento de R$ 38 milhões.

Entenda

Segundo a AGETRANS, dos 13 mil quilômetros de rodovias do Tocantins apenas cinco mil são pavimentadas. Em março, um levantamento apontou que 2.006,8 quilômetros de rodovias estaduais estão em condições críticas prioritárias no Estado. Na época, o governo estadual prometeu concluir a recuperação desses trechos em até 60 dias. Mais de 60 dias após o final desse prazo, a AGETRANS não soube responder o que já havia sido feito. (JT)

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