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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Região do MATOPIBA pode ganhar agência especializada

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O Tocantins abriga a maior parte (38%) da região agrícola que faz fronteira com Maranhão, Piauí e Bahia, conhecida como MATOPIBA. Com alta produtividade – principalmente de grãos – e expansão acelerada da área plantada, conhecida como a última fronteira agrícola do País, a região tem chamado atenção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que realizará amanhã uma reunião para abordar o desenvolvimento, apresentação e discussão de um modelo de agência especializada que deve ser criado para atender o agronegócio os quatro estados.

De acordo com o Mapa, entre os quatro Estados que fazem parte dessa fronteira agrícola, na safra de grãos 2013/2014, o Tocantins apresentou maior produtividade, alcançando 3.163 quilos por hectare. A Bahia ficou em segundo lugar com 2.433 kg/ha, seguida pelo Maranhão (2.431 kg/ha) e Piauí (2.001 kg/ha).

Com relação à produção total de grãos do MATOPIBA, o ministério divulgou números da última safra e ainda uma previsão para daqui a dez anos. A produção em 2013/14 foi de 18,6 milhões de toneladas, já a expectativa para a safra 2023/24 é de 22,6 milhões de toneladas, o que representa uma variação de 21,4% em uma década.

A previsão também foi feita com relação à área plantada, chegando a uma variação de 16,3% em dez anos. A safra 2013/14 contou com 7,3 milhões de hectares plantados, segundo números atualizados do Mapa. A projeção para 2023/24 prevê 8,4 milhões de hectares plantados na região do MATOPIBA.

O valor bruto da produção nos estados que compreendem a região já tem apresentado crescimento. Entre 2010 e 2014, segundo números do ministério, o Tocantins registrou alta de 55,8%, subindo de R$ 1,77 bilhão, em 2010, para 2,76 bilhões no ano passado. Já o Piauí quase dobrou o valor, saltando de R$ 1,3 bilhão para R$ 2,57 bilhões (94%). Seguem Maranhão com crescimento de R$ 2,7 bilhões para R$ 4,3 bilhões (57%) e Bahia que passou de R$ 12,7 bilhões para R$ 15,4 bilhões (21%), no mesmo período.

Conforme o resumo dos resultados da projeção feita pelo Mapa, a região formada pelos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia tem uma dinâmica diferenciada de crescimento. Este seria o motivo que levou o ministério a aprofundar dados específicos do Matopiba, que teve o crescimento classificado como “extraordinário” pelo levantamento.

Na avaliação do Mapa, as áreas que vêm sendo ocupadas nesses estados têm algumas características essenciais para a agricultura moderna. “São planas e extensas, solos potencialmente produtivos, disponibilidade de água, e clima propício com dias longos e com elevada intensidade de sol”, definiu a projeção.

O documento, no entanto, pondera que as limitações maiores são as precárias condições de logística, especialmente transporte terrestre, portuário, comunicação e, em algumas áreas, ausência de serviços financeiros na fronteira agrícola.

O ministério registrou na projeção que a última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2011, sobre o Produto Interno Bruto (PIB) municipal, mostra que os municípios do Matopiba têm puxado o crescimento dos estados onde se localizam. Esse crescimento tem sido muito maior do que o crescimento do estado e da média brasileira.

Projetos

Segundo informações divulgadas pelo Mapa, o ministério deve desenvolver um projeto baseado no sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) na região do Matopiba. O objetivo da ministra Kátia Abreu é montar na cidade de Luís Eduardo Magalhães (BA) um centro de excelência em irrigação.

Ainda conforme o ministério, a expectativa da ministra é de que o projeto abrigue uma agência tecnológica de agricultura de baixo carbono e irrigação que seja referência no Brasil e no mundo.

Região

De acordo com dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) o MATOPIBA reúne 31 microrregiões do IBGE, onde estão 337 municípios em uma área total de 73 milhões de hectares. Há na região 250 mil estabelecimentos agrícolas (aproximadamente 28,8 milhões de ha), 46 unidades de conservação (8.334.679 ha), 35 terras indígenas (4.157.189ha) e 781 assentamentos, área quilombolas (3.033.085 ha). Além de áreas de conservação ainda em regularização. (Jornal do Tocantins)

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