Líderes locais do PT e PSD ouvidos ontem pelo Jornal do Tocantins avaliaram que a possível aliança entre os dois partidos, em discussão em São Paulo, irá refletir no resto do Brasil, inclusive no Tocantins. Em São Paulo, o PSD, do prefeito Gilberto Kassab, abriu negociações para que a sua recém-criada sigla participe da chapa a ser encabeçada pelo petista Fernando Haddad, ex-ministro da Educação.
No Tocantins, o presidente regional do PT, Donizeti Nogueira, afirmou que espera a confirmação da aliança e disse que seu partido está aberto para discussões no Estado. Essa opinião é compartilhada pelo presidente regional do PSD, o vice-governador João Oliveira.
Donizeti disse que o Diretório Nacional do PT ainda não discutiu essa aliança com o PSD, mas acredita que deve entrar na pauta da reunião que será realizada no dia 9 de fevereiro. “Coligação não é uma questão de princípio, mas sim de tática”, ressaltou. Sobre essa aliança na disputa das eleições em Palmas, Donizeti pontuou que será difícil, pois o prefeito da Capital, Raul Filho (PT), e o governador do Estado, Siqueira Campos (PSDB), são adversários e o PSD compõe a gestão estadual.
Porém, para os outros municípios, ele disse acreditar no diálogo com o partido da senadora Kátia Abreu (PSD), pois o PT não é oposição ao governo do Estado.
João Oliveira frisou que o PSD não irá radicalizar nas eleições e que a sigla está aberta a conversar com todos os partidos da base do governo federal. O líder do PSD afirmou que já existe uma proximidade com o PT na parceria feita na Assembleia Legislativa. Dos três deputados do PT, dois sempre têm votado com a bancada governista. A exceção é a primeira- dama da Capital, Solange Duailibe.
Lelis
Contudo, em Palmas a aliança é improvável. Oliveira disse que o PSD irá apoiar um candidato da base do governo estadual e afirmou que o partido é bastante simpático a pré-candidatura governista do deputado estadual Marcelo Lelis (PV).
Metropolitano
O presidente do PT em Palmas, Ivory de Lira, analisou como positiva a proximidade com o PSD. “É um partido novo e com a proposta de apoiar a gestão da presidente Dilma”, apontou. Ele afirmou que o partido irá procurar o PSD para discutir uma aliança para as eleições em Palmas. Ivory disse que o cenário nacional favorece essa união, apesar da polaridade entre Raul e Siqueira. “Temos uma visão muito boa sobre o partido e suas lideranças, como a senadora Kátia Abreu, o vereador Valdemar Júnior e o presidente da sigla na Capital, Lutero Fonseca”, afirmou.
Porém, para Fonseca essa aliança não deverá ocorrer. Ele explicou que o PSD é oposição ao prefeito Raul Filho e reafirmou, como Oliveira, que apoiará o candidato à prefeitura que seja da base de apoio do governador Siqueira Campos. No entanto, a exemplo dos demais líderes partidário consultados, Fonseca não descarta que essa união possa ocorrer em outros municípios do Estado.
Conversa
O presidente do PSD municipal, Lutero Fonseca, confirmou conversas com pré-candidato Marcelo Lelis (PV), mas afirmou que as discussões no partido ainda estão no início, com reuniões com filiados e lideranças para discutir o processo eleitoral. (Jornal do Tocantins)




