O Governo do Estado vem desenvolvendo e apoiando iniciativas para geração de energias renováveis que favoreçam diretamente a produção sem agressão aos recursos naturais e controle da poluição ambiental, a partir da ênfase em fontes como energia solar, eólica, hidráulica e de produtos da biomassa.
Um acordo fruto de parceria entre o Governo do Tocantins e o consórcio de empresa espanhola Alubar, com aval de aporte financeiro do Banco Mundial (Bird) através do Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável (PDRS ), vai resultar na instalação de um Parque de Energias Limpas no estado, com foco na produção de energia solar. De acordo com o superintendente de Produção de Energias Limpas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semades), Olímpio Mascarenhas, o processo aguarda realização de leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
De acordo com o superintendente, propostas de outro grupo espanhol, também do ramo solar, se encontram em fase de avaliação para licenciamento no âmbito dos órgãos do Estado, e preveem instalação simultânea de unidades produtoras para o distrito de Luzimangues (Porto Nacional), Colinas e Miracema do Tocantins. “O Tocantins deve dar partida para alavancar empresas deste e outros segmentos de energias limpas”, afirmou Mascarenhas.
Potencial
Olímpio Mascarenhas, ao falar do grau de insolação do Tocantins como propulsor da geração de energia solar, diz que o Estado é bastante privilegiado em comparação com outras regiões do país e outras partes do mundo e que só falta mesmo no Estado confrontando com este potencial rico, a escassez de literatura sobre o tema. ”A Alemanha dispõe de apenas 1/3 da insolação que temos, mas o seu aproveitamento ultrapassa em 50% a carga da energia produzida e que consome”.
Relata o superintendente de Produção de Energias Limpas da Semades que a quantidade em kilowats alemã só fica atrás da energia produzida pela China e a que deverá advir da geração da usina de Belo Monte, mais de 38 kwa, hoje em construção na região Norte do Brasil. No exemplo tocantinense, ele observa que ao invés do que muitos pensam não é exatamente a quantidade de sol que gera a energia solar, mas o grau de luminosidade, “o que no Tocantins tem praticamente o ano inteiro”, atesta.




