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segunda-feira, dezembro 15, 2025
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Polícia Civil desarticula quadrilha que extraviava cartões de crédito

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A Polícia Civil fez nesta quinta-feira (27) a operação “Card Free”, para cumprimento de mandados judiciais de prisão e de busca e apreensão domiciliar em 24 imóveis, na Região Metropolitana de Belém e no distrito de Mosqueiro. Ao todo, 21 pessoas foram presas, entre elas cinco carteiros, acusadas de envolvimento em um esquema fraudulento que envolvia desde o desvio de cartões magnéticos de bancos e de crédito, por parte de agentes dos Correios, até a clonagem deles para uso em fraudes.

Foram apreendidos dezenas de cartões magnéticos, correspondências, equipamentos eletrônicos e de informática e duas armas de fogo, um metralhadora calibre 9mm Imbel, de uso exclusivo do Exército, com dois carregadores e sem munição, e um revólver calibre 38 com numeração raspada e seis munições. Os policiais apreenderam ainda uma caixa com 50 munições para pistola calibre 380.

No total, 120 policiais civis participaram da operação, sob coordenação do delegado João Bosco Júnior, titular da Diretoria de Polícia Especializada (DPE), da Polícia Civil. As investigações foram coordenadas pelos delegados Samuelson Igaki, presidente do inquérito, e Beatriz Silveira, da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos. As investigações tiveram o apoio do Setor de Inteligência dos Correios.

O trabalho investigativo, que durou cerca de um ano, desarticulou o esquema de fraudes praticado por organizações criminosas com uso de tecnologia da informação, que geraram prejuízos estimados em R$ 5 milhões, vitimando pessoas e empresas bancárias no Pará. A operação começou por volta de 5 horas, quando os policiais saíram da Delegacia Geral para dar cumprimento às ordens judiciais. As investigações começaram depois que advogados de uma instituição financeira registraram boletim de ocorrência Policial na Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos relatando as reiteradas práticas de extravio de cartões magnéticos, com fins fraudulentos, bem como o grande valor auferido pelos criminosos.

Nas investigações, a Polícia Civil apurou que, no período de agosto de 2011 e abril de 2012, foram extraviados em Belém e região metropolitana 362 cartões de crédito e outros 19 de débito. O esquema gerou lesão a um grande número de clientes. Os cartões fraudados eram extraviados antes de chegarem aos consumidores, surgindo depois com operações não autorizadas ou reconhecidas pelos titulares.

Durante as investigações, foi possível observar o modo de atuação dos suspeitos, os quais, em conluio com carteiros, adquiriam, mediante pagamento, os cartões bancários. Em seguida, os golpistas “malhavam” os clientes, ou seja, conseguiam desbloquear os cartões, passando-se por funcionários de operadoras dos cartões. Assim obtinham dados pessoais, como nome completo e senha. Depois, os criminosos faziam compras diversas com os cartões desbloqueados, passando-se pelos verdadeiros titulares. Para tanto, usavam documentos falsificados. Por fim, revendiam as mercadorias compradas, por valores abaixo de mercado, e reiniciavam o ciclo criminoso.

Segundo a delegada Beatriz Silveira, a equipe da DPRCT identificou uma nova modalidade de fraude, na qual, juntamente com carteiros, os outros suspeitos abriam as correspondências, usando uma estufa localizada na loja de ferragens de propriedade de Rosivaldo Rosa Aires, conhecido como “Moju”, na rodovia Mário Covas, em Ananindeua, onde os cartões bancários tinham os dados copiados e, depois, eram novamente colocados em envelope original, para serem entregues normalmente aos donos.

As investigações mostraram que os carteiros identificados também se apropriavam das correspondências com as senhas bancárias de clientes e as comercializavam aos demais integrantes da quadrilha. A polícia apurou que foram fraudados mais de 800 cartões em um ano, com prejuízos estimados em cerca de R$ 5 milhões. Os consumidores, por sua vez, passavam por diversos constrangimentos, como bloqueios e registros em órgãos de proteção ao crédito, entre outros.

Os presos são cinco carteiros, dos Centros de Distribuição Domiciliar (CDD), do centro de Ananindeua, Cidade Nova e Marituba. Os carteiros presos são Lidivan Andres Barbosa Silva, conhecido como Lidivan; Francisco Carlos dos Santos Diniz; Max Ney Lobato Bernardes, de apelido “Zé Colmeia”; Raimundo Nonato de Souza Bastos, de apelido B.O., e Carlos Antônio dos Santos, de apelido “Paulista”. Os demais presos são Neuzarina Barros da Silva, conhecida por Neuza; Juliana da Conceição Silva, conhecida por “Ju” ou “Juliana”; Jorge Luiz Pinheiro Gomes, de apelido “Jorginho”, com quem foram apreendidas as armas. Ele foi autuado em flagrante pelo crime de porte ilegal de armas de fogo e munição.

Também foram presos Fernanda de Paula Souza Teixeira; Alison do Nascimento Pereira; Maria do Rosário Freitas de Oliveira, conhecida como Rosário; Antônio Marcos Moreira da Costa, de apelido “Alemão”; o taxista Francinaldo Paiva da Silva, de apelido “Batatinha”; Williams da Cruz Leite, de apelido “Júnior Tchen”; Eliete Nonato Fonseca Marinho; Rosivaldo Rosa Aires, de apelido “Moju”; Fúlvio André Marques; Alberto Vinícius Sales do Nascimento, de apelido “Beto”; Lourival Assunção Nascimento Garcez Neto, de apelido “Foca”; Priscilla Gerhardt Pacheco e Fábio Luiz Queiroz da Silva, de apelido “Fábio Louro”.

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