Uma operação conjunta de fiscalização realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e o Ibama resultou na apreensão de duas toneladas de peixe na terça-feira (22), em Marabá, na beira do Rio Tocantins.
Segundo Elivaldo de Lins, coordenador de fiscalização da piracema, os fiscais montaram uma base na Praia da Rainha, em Itupiranga, depois que receberam a informação de que estava havendo um grande volume de pescadores na região, que não estavam respeitando o período da piracema.
“Tomando conhecimento disso formamos uma parceria com o Ibama, como acontece todos os anos durante o defeso, e montamos essa base”, explicou. Eles chegaram lá na noite de segunda-feira (21) e, por volta das 9 horas de terça-feira (22), entraram em um Igarapé e encontraram três embarcações carregadas de peixes.
“O que mais revolta é que fizemos reuniões na localidade com mais de 1.200 pescadores. Essa apreensão demonstra que nem todos estão respeitando o período do defeso. Foram apreendidas duas toneladas de mapará e 3 mil metros de rede”, explicou o coordenador. Pela primeira vez o culpado pela pesca irregular se identificou e será multado em R$ 700, além de mais R$ 20 por quilo de pescado apreendido.
Para Paulo Almeida, agente ambiental do Ibama, a parceria entre as duas instituições vem dando certo há anos e justamente o fato de os órgãos não trabalharem isoladamente é o que traz sucesso nas operações. ”O meio ambiente é de todos e todos têm responsabilidade. Sabemos que ações dessa natureza só beneficiam a preservação dessas espécies” constatou.
Ele diz também que é uma fiscalização complexa de se realizar porque a comunicação entre os pescadores está cada vez mais facilitada graças à tecnologia. “Nós entendemos que a área a ser atingida é muito grande para a nossa fiscalização. Às vezes fazemos em determinado ponto enquanto a infração está acontecendo em outro local. A comunicação entre eles é muito fácil e eles sabem onde está havendo fiscalização”, disse.
O secretário de Meio Ambiente de Marabá, José Scherer, definiu como lastimável a apreensão já que o peixe estava morto e não pode ser devolvido à água. “Esse peixe já está morto então a única solução que temos é fazer a destinação final. Essas duas toneladas serão distribuídas na periferia”. Ele fez um alerta: “Parem de pescar porque vamos monitorar 24 horas e haverá prejuízos para quem for pego nessa situação”. (Correio Tocantins)




