Já está no site do Centro de Memória da Amazônia, o resultado da pesquisa “A Presença da Inquisição da Amazônia”. Organizado pelo professor Otaviano Vieira Júnior, o projetorecebeu o apoio financeiro da Fapespa, através do Edital Universal de 2008.
No site é possível encontrar um extenso acervo documental sobre as atividades do Tribunal do Santo Ofício português, relacionadas ao Grão Pará e Amazônia.
Criada em 1536, a Inquisição Portuguesa perdurou até 1821, resultando em mais de dez mil processos, abarcando diferentes regiões do Império lusitano, incluindo a Amazônia. Toda a documentação desse período encontra-se arquivada e disponibilizada para consulta na Direcção Geral de Arquivos DGARQ/TT / Torre do Tombo.
Mas agora, quando a pesquisa também recebe o apoio da Universidade Federal do Pará, através de um convênio, a documentaão referente aos casos ocorridos no Norte do Brasil, também está sendo disponibilizada pelo CMA.
“Antes para estudar esse tema, era necessário que o interessado viajasse a Lisboa para consultar a documentação. Agora a pesquisa sobre a Inquisição poderá ser feita aqui mesmo no Brasil por meio do site do Centro de Memória que está disponibilizando o material que foi digitalizado pela Torre do Tombo”, explica Otaviano Vieira Júnior, que também coordena o CMA.
A expectativa com a criação desse espaço virtual específico sobre a Inquisição é que seja ampliado o número de trabalhos que explorem o potencial do acervo inquisitorial.
“Pretende-se a partir deste projeto, um efeito multiplicador de pesquisas, que incorporem alunos da graduação e da pós-graduação da UFPA bem como de outras instituições de ensino superior, principalmente da região norte” diz Otaviano. Ele ressalta ainda, a importância do professor do ensino médio também utilizar essa documentação em sala de aula.
“A inquisição é um elemento fundamental para se trabalhar com o aluno o respeito à diferença, porque a inquisição é exatamente o contrário, o desrespeito a diferença”, diz o professor.
O projeto “A presença da Inquisição na Amazônia” é desenvolvido desde 2008 , com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (FAPESPA).
O professor Otaviano Vieira Junior divide a coordenação com o pesquisador Rafael Chambouleyron, ambos da Faculdade de História da UFPA. (Ascom/ Fapespa – com informações de Diolene Machado – IFCH)




