O prefeito Duciomar Costa assina hoje decreto que fixa em R$ 1,85 a tarifa do ônibus urbano de Belém. O aumento é inferior ao aprovado pelo Conselho de Transporte do Município, reunido ontem de manhã, que fixara a tarifa em R$ 1,90. A Prefeitura de Belém informou que os valores da meia-passagem, do transporte fluvial para a ilha de Cotijuba e das tarifas do fresquinho, que dependem do valor da passagem cheia, só serão definidos hoje. O novo aumento passa a vigorar a partir da publicação do decreto no Diário Oficial do Município, o que deve acontecer amanhã.
Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o novo aumento de 8,82% representa um índice acima da inflação, calculada no período de dezembro de 2008 até janeiro deste ano, que ficou em 5%. Se permanecesse no patamar da inflação, a nova tarifa não ultrapassaria R$ 1,80. No reajuste anterior, do dia 20 de dezembro de 2008, a passagem subiu de R$ 1,50 para R$ 1,70.
O Dieese calcula ainda que, se o reajuste da passagem de ônibus urbanos de Belém seguir os mesmos índices percentuais, a passagem do microônibus também sobe, passando dos atuais R$ 2,80 para R$ 3,05, com um reajuste de 8,82%. Pelos mesmos critérios, as passagens para Mosqueiro também subiriam de R$ 2,80 para R$ 3,05, tanto a rodoviária como hidroviária, o que também só será definido hoje pelo prefeito Duciomar Costa.
O Dieese ressalta ainda que, mesmo com a nova tarifa, Belém permanece com uma das menores do País, perdendo só para Fortaleza, onde a passagem custa R$ 1,80, e Terezina, onde a tarifa está fixada em R$ 1,75. Mesmo assim, os novos reajustes não deixam de trazer impactos no bolso dos usuários, aponta Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese. Quem precisa tomar duas conduções diárias e não tem vale-transporte passará a gastar dos atuais R$ 81,60 para R$ 88,80. O impacto no fim do mês passará dos atuais 16% para 17,41%, considerando-se o novo salário mínimo de R$ 510. (O Liberal)




