Quando se pensa em Re x Pa lembra-se de rivalidade, garra, e força. Mas antes de tudo, o clássico Rei da Amazônia se trata de um espetáculo e, neste domingo (21), quando ele vai decidir a final do primeiro turno do Parazão 2010, a promessa é de arquibancadas lotadas de torcedores, torcedoras e crianças.
No último Re x Pa, realizado no domingo, 14, no Mangueirão, o borderô da partida (listagem com quantidade de público, renda e outros) apontou um total de 23.560 espectadores. Entre os locais de maior público, estão as arquibancadas com 18.548, as cadeiras com 1.634 e os menores com meia-entrada, que somaram 1.200 pessoas.
A supremacia das arquibancadas é explicada por José Sérgio Costa, torcedor do Remo, que no último jogo dos azulinos contra o Santos pela Copa do Brasil, levou toda a família para o estádio. ‘As cadeiras não oferecem a mesma visão que as arquibancadas. No Mangueirão, fui com minha esposa, meus filhos, um amigo com a namorada e ainda sentamos ao lado de uma família com três crianças. Lá, nos sentimos mais seguros e confortáveis. É muito bom’, disse.
Porém quando perguntado sobre os demais estádios da capital, Sérgio revelou. ‘Meus filhos nunca entraram em Baenão e Curuzu. Eles mesmos não querem e nem eu. Há mais de 20 anos que só vou ao Mangueirão. É triste, eu era frequentador assíduo desde os tempos de moleque, mas hoje em dia comecei a ver os riscos que corria quando era jovem e deixei de ir’, explicou.
Para o bicolor, Jorge Rezende, frequentador de estádios desde a década de 60, além do maior conforto e segurança dentro do Mangueirão, a mudança de costumes ao longo do tempo também ajudou a aumentar o número de famílias nos estádios.
‘Antes a mulher que ia a campo tinha que ouvir vários adjetivos pejorativos. Elas ficavam ‘mal faladas’ por terem ido a um campo de futebol, mas hoje o torcedor respeita mais e, além disso, a mulher adquiriu espaço na sociedade. Elas têm poder de escolha e isso as leva aos estádios. Mas aqui, o único estádio que é atrativo é mesmo o Mangueirão’, apontou.
Apesar da maior sensação de segurança no Estádio Olímpico do Pará, Jorge acredita que ainda há pontos a melhorar, como o acesso. ‘As vias são muito congestionadas. No último jogo, fui cedo ao estádio e tive que ficar esperando mais de uma hora para que abrissem os portões. A acessibilidade é o único ponto fraco do Mangueirão. Mas sem dúvida ele é o melhor estádio que temos hoje no Pará’, ponderou.
Outro lado
Em entrevista ao Portal ORM, o secretário de Espote e Lazer, Jorge Panzera, antecipou que o fluxo dentro do Olímpico está sendo tema de reuniões. Entre as alternativas debatidas está a criação de mais transporte público para diminuir a quantidade de carros dentro do estádio.
‘Muitas vezes a pessoa vem sozinha em um carro e isso, se somado com outros casos, acaba diminuindo a disponibilidade de vagas de estacionamento e causando congestionamentos de veículos na área do Mangueirão. Também estamos conversando com o Detran e outras empresas em busca de ampliar a área de estacionamento do estádio’, disse.
Em nota, a assessoria de imprensa da Seel informou que a organização da entrada de torcedores no estádio é responsabilidade do mandante do jogo e que em relação a abertura dos portões de estacionamento, ‘sempre foi de praxe abrir 3 horas antes do jogo e isso é lei’. (Portal ORM)




