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sábado, dezembro 6, 2025
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PARÁ: Inflação alivia paraenses em fevereiro

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O Índice de Preço ao Consumidor (IPC) da Região Metropolitana de Belém (RMB) registrou, em fevereiro passado, taxa de 0,12%, percentual que apresentou forte redução em relação ao mês de janeiro, quando a taxa de inflação foi de 1,81%. O recuo foi pressionado pela queda de 1,42% nos preços médios no setor alimentação e bebidas, grupo de maior influência dentro da estrutura do IPC, considerando que os gastos com alimentação representam, em média, 34% do orçamento da família paraense.

A queda é explicada, em grande parte, pela redução de 2,93% no preço da carne bovina, que por sua vez representa 4,8% do orçamento familiar. Os produtos substitutos da carne também tiveram queda, considerando redução de 14,22% no preço de peixes e crustáceos. Além disso, cereais, leguminosas e oleaginosas também tiveram queda, de 8,17%.

A pesquisadora do Idesp, Maria Augusta Pereira, que coordena o trabalho de cálculo do IPC, explica que os números refletem uma mudança de comportamento do consumidor diante das altas de preços registradas em janeiro, quando o grupo alimentação e bebidas teve alta de 2,52%, e aumento médio de 3,44% nos preços das carnes, pressionados pela alta exportação. “O consumidor teve dificuldade de comprar carnes, derivados e seus substitutos e, por outro lado, o mercado ofereceu promoções”, afirma Augusta.

Altas

Mesmo assim, alguns itens da alimentação do paraense sofreram aumento, como açúcar e derivados (2,23%), óleo de soja (4,7%), além do açaí (5,54%) e alimentos prontos (10,17%). “Esses aumentos, porém, não têm um peso grande no orçamento e não são itens de primeira necessidade, como a carne”, completa a pesquisadora.

Os gastos com habitação foram inflacionados, com taxa de 1,96%. Isso se deve às reformas que muitos belenenses fizeram em suas casas, o que corresponde a 6,14%. “A razão dessa aceleração se deve ao longo período de chuvas ocorrido em Belém, o que levou ao aumento dos preços médios de itens referentes a reparos, inclusive acima do mercado”, afirma Maria Augusta. Outro subgrupo que também teve forte influência foi o de artigos de limpeza e descartáveis (2,14%).

O transporte apresentou taxa de 1,30%, aumento gerado pelos preços das passagens intermunicipais e interestaduais, majoradas, em média, 4,62%. Já o combustivel aumentou em 0,34%.

No grupo vestuário, a taxa de 1,66% foi pressionada pelo pelo preço dos tecidos (37,66%), resultado das crises ocorridas no mercado externo e interno. “O algodão, a matéria-prima utilizada na fabricação de tecidos, vem pressionando a indústria têxtil neste grande desafio, que é a concorrência de importados, a valorização do real e a perda de participação no mercado externo”, analisa a técnica.

O cálculo do IPC mostrou, ainda, que os gastos com educação, leitura e papelaria tiveram queda de 2,98%, considerando que foi no começo do ano que os consumidores precisaram investir em despesas extras com matrículas e materiais escolares. Em janeiro, a taxa foi positiva, de 5,84%.

IGP-10

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) perdeu força este mês. A taxa recuou de 1,03% para 0,84% de fevereiro para março, beneficiado por desacelerações de preços no atacado (de 1,16% para 0,99%) e no varejo (de 0,92% para 0,59%). Para a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que anunciou ontem o indicador, o IGP-10 sinaliza um movimento de desaceleração na inflação apurada pelos Índices Gerais de Preços (IGPs), em um horizonte de curto prazo.

O coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, explicou que o IGP-10 de março mostrou desaceleração expressiva na inflação das matérias-primas brutas agropecuárias no atacado. Estes produtos têm grande peso na formação da inflação atacadista que, por sua vez, representa 60% do total dos IGPs.

“O que podemos perceber é que as matérias primas agropecuárias atualmente convivem com notícias de uma oferta menos restrita do que se pensava”, disse, acrescentando que isso ajuda a derrubar preços. (O Liberal)

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