A geração de emprego no Pará continua centralizada. Pulverizar as oportunidades de trabalho por todo o Estado será um dos maiores desafios do novo governo, que também terá pela frente a missão de qualificar a mão de obra paraense. Apenas 51 municípios geraram quase 90% de todos os empregos criados no Pará em 2010 – volume que representa a pífia fatia de 36% do território estadual. Quase a metade destas vagas, ou seja, 45% delas foram distribuídas apenas na Região Metropolitana de Belém.
Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), de janeiro a novembro, nos 51 municípios, foram realizados 248.208 admissões, contra 212.047 desligamentos, gerando um saldo positivo de 36.161 postos de trabalho. Destes, 13,7 mil foram somente na Capital – local que liderou o ranking de empregos no Pará. Nos onze primeiros meses deste ano, em todo o Estado, o saldo é de 41.022 novos empregos – o que representa um crescimento de 7,19% no emprego formal.
Segundo avalia o supervisor técnico do Dieese/PA, Roberto Sena, o atual cenário é muito positivo, se comparado aos índices de 2009. “No ano passado, neste mesmo período, o Pará estava com um saldo de aproximadamente 12.338 postos de trabalho. Se mantido este patamar, e computando os dados de dezembro, é muito provável que este seja o melhor ano da década, superando 2004, que teve cerca de 40 mil novas oportunidades de emprego”, avalia Sena, analisando os dados de 2000 a 2010. (O Liberal)
