O mês de agosto consolida a rota de crescimento da geração de empregos no Pará. De acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pelo terceiro mês consecutivo, o Pará apresenta saldo positivo de 7.204 postos de trabalho na balança de empregos. A indústria da transformação foi o setor que mais contratou no período.
O desempenho do Pará foi 1,31% superior ao do mês de julho. Foram 26.296 admissões (23,30% superior ao mês de julho) e 20.269 demissões (6,16% a menos que em julho).
Comparado a agosto de 2008, o saldo também é positivo. Naquela época, houve um incremento de apenas 5.939 empregos, o que representa um aumento de 21,30% no comparativo entre os dois anos.
A trajetória do Pará nos últimos três meses fez com que fossem recuperados 85% dos empregos perdidos no ano de 2009 e 46,09% daqueles perdidos com a crise econômica, que começou em outubro.
“Dentre os Estados da Federação o Pará é um daqueles que se pode considerar que está numa fase de consolidação de seus resultados, estando atrás somente dos estados do sudeste e sul, que por sinal apresentaram crescimento inferior ao do Pará. O desempenho do Estado foi superior inclusive à média brasileira, que apontou um crescimento de 0,84%”, afirmou o secretário de desenvolvimento, ciência e tecnologia (Sedect), Maurílio Monteiro.
Na região norte, Rondônia segue com o ritmo de crescimento mais elevado de empregos, com 1,46% em agosto. Contudo, considerando os números absolutos, o Pará continua sendo o maior empregador da região, contribuindo com 38,57% do total de postos de trabalho criados. O Estado do Amazonas, que junto com o Estado do Pará são as principais economias da Região Norte, também apresentou resultados favoráveis, com saldo positivo de 6.549, ou seja, um crescimento de 1,92%.
“São números positivos, mas ainda continua num estágio considerado como de recuperação de sua economia frente à crise, visto que suas perdas são bem mais acentuadas que as do Pará, já em estágio de consolidação”, afirmou.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam evolução também na Região Metropolitana de Belém que cresceu 0,95% no último mês. Ficando atrás somente das regiões metropolitanas de Salvador (1,03%), Recife (1,33%) e Fortaleza (1,05%). No acumulado do ano a RMB, apresenta saldo de 3.332 empregos, crescimento de 1,20%.
Os municípios que apresentaram melhor saldo positivo no mês de agosto foram Belém, Marabá e Castanhal, com saldo de 2.185, 1.097 e 554 empregos respectivamente. Os piores resultados foram Oriximiná (-18 empregos), Tucuruí (-30 empregos) e Óbidos (-38 empregos).
Cadeias Produtivas – No mês de agosto, o setor da indústria de transformação foi o que mais contribuiu para o crescimento da geração de empregos no Pará, com um saldo de 2.161 postos de trabalho. Um desempenho 2,5% superior ao do mês anterior.
“Além de apresentar o maior saldo positivo dentre os setores, o resultado da Indústria de Transformação é ainda mais significativo por apresentar crescimento em quase todos os segmentos industriais analisados. Principalmente aqueles que são fundamentais para a economia do Estado, como por exemplo, a indústria madeireira que está num franco processo de recuperação aliada à expansão das exportações de seus produtos”, observou Maurílio.
Ele explica que a atividade madeireira apresentou um saldo de 538 postos de trabalho. Outro destaque é o da indústria alimentícia que gerou mais de 70% dos empregos formais da indústria (saldo de 1.262).
O setor da Construção Civil também contribui muito para alavancar os resultados do Estado, gerando um saldo positivo de 1.771 postos de trabalho. Em relação à julho, o crescimento foi na ordem de 3,64%.
Comercio e serviços também apresentaram resultados positivos, com saldos de 932 e 1.335 postos de trabalho, respectivamente. Enquanto a atividade extrativa mineral, por sua vez, foi a única a registrar saldo negativo (-1 vaga). (Diário Online com informações Sedect)




