Chegou a vez do Pará se desenvolver de forma planejada e sustentável. A conclusão é da governadora Ana Júlia Carepa, nesta terça-feira (30), em coletiva à imprensa sobre o Programa de Aceleração do Crescimento II (PAC II), que contemplará no Pará, inicialmente, cinco aproveitamentos hidrelétricos do Complexo Tapajós, na região de Itaituba; a adequação da PA-150 no trecho Marabá-Redenção que se transformará na BR-155; o projeto do novo aeroporto de Santarém; a hidrovia Marabá/Imperatriz; e ainda 18 terminais hidroviários.
Segundo a governadora, esses projetos dialogam com investimentos feitos pelo governo do Estado para atrair empreendimentos que “mudarão o discurso sobre a verticalização dos produtos naturais paraenses”. Um exemplo, ressaltou Ana Júlia Carepa, é a siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa) da Vale S.A., em Marabá, no valor de 3.7 bilhões de dólares. A empresa já obteve licença prévia para instalação e funcionará a partir de 2013.
“Integrada à Alpa, teremos o projeto Aline da Aço Cearense, no valor de 1.5 bilhão de reais, que produzirá aços laminados e revestidos. Somados os dois empreendimentos, são quase 8 bilhões de reais de investimentos no Pará”, calculou a governadora.
Ela ressaltou que, para atrair os empreendimentos, o governo do Estado investiu R$ 40 milhões na revitalização do Distrito Industrial de Marabá, construção das etapas 2 e 3 do mesmo distrito e desapropriações.
Mais empregos
“Nesta quarta-feira, 31, na entrega da licença prévia da Alpa, o que vai acontecer em Marabá é uma mudança histórica no nosso Estado. Estamos criando um pólo metal-mecânico de indústrias no sul/sudeste do Estado, como fez Getúlio Vargas quando criou a Siderúrgica Nacional. Chegou a vez do Pará!”, reafirmou, destacando que a siderúrgica gerará 12 mil empregos na fase de construção. “Serão 12 mil pessoas do Pará empregadas com carteira assinada. A Vale acatou a nossa sugestão de que esses trabalhadores morem no Pará há pelo menos dois anos”, disse.
Além da área mineral, a governadora citou a empresa Floraplac, a primeira fábrica da região Norte a produzir madeira densificada (MDF) a partir de madeira reflorestada, localizada em Paragominas, isentada pelo governo do Estado de imposto nas operações de importação de maquinários e equipamentos.
E ainda a primeira fábrica de chocolate da Amazônia, já construída em Medicilândia, que terá investimentos da Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri) na aquisição de equipamentos. O Pará é o segundo maior produtor de cacau do país. “Vamos mostrar que essas indústrias são possíveis aqui. E estimular que outras venham a se instalar”, salientou.
Projetos
O PAC II significa investimentos de R$ 960 bilhões, a serem aplicados entre 2011 e 2014 em grandes projetos de infraestrutura em habitação, água, luz, transportes e energia. “O Pará é um dos estados mais bem contemplados no PAC II. Estamos fazendo obras para o agora e para as gerações futuras”, destacou a governadora.
Os estados e municípios terão até o mês de junho para enviar seus projetos. No Pará, as prefeituras contarão com o apoio da Secretaria de Estado de Integração Regional (Seir), que mantém a Sala das Prefeituras. “A nossa meta é fazer um esforço em mutirão para elaboração desses projetos dos municípios”, frisou a governadora. (Fabíola Batista)




