O misterioso desaparecimento da jovem Ana Karina Guimarães, 29 anos, grávida de nove meses, completa hoje 15 dias. A mesma foi vista pela última vez na noite de 10 de maio, quando embarcou no carro do empresário Alessandro Camilo de Lima, que está preso na penitenciária de Marabá, como principal suspeito nas investigações que apuram o desaparecimento da jovem.
Cinco dias após o sumiço de Ana Karina, o caso ganhou repercussão nacional e equipes especializadas da Polícia Civil foram envolvidas na investigação. O Disque-Denúncia de Parauapebas oferece uma recompensa de R$ 1 mil por qualquer informação que possa levar ao paradeiro da jovem e ao esclarecimento do mistério. À frente das investigações está o delegado André Albuquerque, que tem vasta experiência em casos policiais complicados.
Na semana passada, a Justiça do município negou o pedido de prisão temporária da noiva do pecuarista, Grasiela Barros Almeida, conhecida como Grasi, solicitada pelo delegado que preside o inquérito. Ela está sendo investigada pela polícia em razão de ter prestado depoimentos contraditórios, pois sabia que Ana Karina estava esperando um filho de seu noivo. Testemunhas que prestaram depoimento na delegacia de Parauapebas disseram à autoridade policial que Grasi seria uma pessoa que apresenta comportamento violento, por ter ciúmes de Alessandro Camilo com outras mulheres. Em Parauapebas, a população do município já fez vários manifestos públicos para pedir empenho das autoridades no esclarecimento do caso.
A mãe de Ana Karina, Maria Íris Matos Guimarães, está muito angustiada com o sumiço da filha e diz que não aguenta mais tanto suspense. “Eu quero saber o que aconteceu com ela. Quero encontrar minha filha viva ou morta. Ela jamais ficaria tanto tempo sem dar notícias”, lamenta.
Em seu terceiro depoimento, pouco antes de ser preso, o pecuarista Alessandro Camilo disse à polícia que realmente se encontrou com a vítima no dia de seu desaparecimento, tendo lhe dado a quantia de R$ 150 para ajudar no parto da criança. No entanto, Alessandro Camilo disse aos investigadores que depois de uma breve conversa, deixou Karina em frente a uma farmácia, versão que não foi confirmada por moradores das vizinhanças. Em declarações anteriores, o pecuarista havia negado ter se encontrado com a jovem. Por outro lado, a Polícia Civil do município já recebeu informações apontando vários lugares onde estaria o corpo da jovem. O delegado André Albuquerque prossegue realizando diligências na zona rural do município em busca de novas pistas que possam indicar o que aconteceu com a jovem Ana Karina. (O Liberal)
