Diversas entidades representativas de segmentos empresariais e comunitários de Altamira entregaram à governadora Ana Júlia Carepa um documento pedindo soluções para problemas como a falta de regularização e documentação das terras públicas e o desenvolvimento de políticas públicas específicas para o crescimento da produção rural e a sua verticalização, que poderá gerar emprego, renda e agregar outros valores ao produto e à qualidade de vida do produtor. No ofício, também solicitam a eletrificação rural, com energia elétrica de qualidade às comunidades locais antes da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.
A celeridade na análise de processos de licenciamento ambiental, projetos de manejo, vistorias e reconhecimento de outros vínculos de detenção da terra, como a posse, para fins de regularização fundiária e florestal, são outras reivindicações das comunidades de Altamira à governadora, assim como o fornecimento de energia elétrica de qualidade. “O sistema elétrico atual em operação é antigo e os equipamentos, bem como, cabos e fiação de toda a sorte, já estão obsoletos e com sua capacidade prejudicada, gerando constantes panes elétricas nas cidades e no campo, com prejuízos à população, indústria e comércio”, dizem as entidades.
Eles reclamam que os investimentos prometidos pela Celpa não atendem a necessidade de consumo atual e não às necessidades de expansão do sistema. “Quanto aos projetos de eletrificação rural, é necessário repensar algumas ações e prazos, visto que o atendimento das populações rurais ainda não beneficiadas irá passar por longos anos até o seu final”, diz o documento.
Eles querem melhorias no sitema de distribuição de energia antes mesmo da construção da hidrelétrica de Belo Monte, “para que todas as comunidades rurais da região possam ser prontamente atendidas com a eletrificação rural, como medida antecipatória dos benefícios gerados à população em detrimento dos prejuízos sócio-ambientais que poderão advir com o empreendimento”.
As entidades querem ainda que a governadora interceda junto ao governo Federal para suspender de imediato a Operação Arco de Fogo, de combate à extração e venda clandestina de madeira na Amazônia Legal. Eles alegam que as ações da Policia Federal e Força Nacional de Segurança estão penalizando e prejudicando os trabalhadores e produtores da região.
Assinam o ofício entregue à governadora a Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Altamira (Aciapa), a Câmara de dirigentes lojistas (CDL) e o Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Sócio Ambiental da Transamazônica e Xingu (Fort Xingu). (O Liberal)




