O pecuarista Alessandro Camilo de Lima falou novamente nesta segunda-feira (7) à Polícia Civil, na Região Metropolitana de Belém. O delegado André Albuquerque, colheu o depoimento no PEM III (Presídio Estadual Metropolitano), onde o principal acusado do assassinato de Ana Karina Guimarães está preso. O crime aconteceu em Parauapebas, no sudeste do Estado.
Segundo a polícia, o pecuarista inocentou Florentino Sousa Rodrigues, conhecido como Minêgo, de qualquer participação no crime. Alessandro declarou, ainda, estar com raiva de Minêgo por ele ter incriminado sua noiva, Graziella Barros, e isso teria motivado o fazendeiro a fazer a acusação. Minêgo afirmou – ao ser preso – que ouviu a mulher dizer que queria se livrar de Ana Karina. Graziela está com a prisão temporária decretada pela justiça e continua foragida.
De acordo com o novo depoimento de Alessandro, ele e o outro acusado Francisco de Assis Dias, o Magrão, planejaram a execução e a ocultação do corpo. ‘Ele disse que levou Ana Karina da porta de casa e percorreu mais ou menos 60 quilômetros de carro até uma localidade chamada Loteamento Martinho, lá pediu que a jovem descesse do carro, quando Magrão apareceu e disparou vários tiros contra a então grávida de 9 meses. Ela teria morrido na hora. Magrão teria sido o responsável por colocar o corpo no camburão de alumínio. Depois encheu com pedras e lacrou. O pecuarista e o pistoleiro colocaram o camburão no carro e foram para a ponte sobre o rio Itacaiúnas, de onde jogaram o objeto’, detalhou o assessor de imprensa da Polícia Civil, Walrimar Santos.
Ainda de acordo com a polícia, Alessandro contou que ao chegar próximo da casa de Ana Karina fez uma ligação para Magrão dizendo: ‘Olha, estou indo buscar a mulher. Me espera no local combinado’. Ao ser preso em Parauapebas, Magrão acusou o pecuarista de ter efetuado os disparos, e que só participou da ocultação do cadáver.
Reconstituição
O delegado André Albuquerque – que preside o inquérito – irá ingressar com o pedido de reconstituição do crime nesta terça-feira (8), no Fórum de Parauapebas. Alessandro e Minêgo devem ser levados para a reconstituição, mas eles não são obrigados a participar, já que segundo a legislação ninguém é obrigado a produzir provas contra si. Com o novo depoimento do pecuarista, o delegado descartou a hipótese de uma acareação entre os três acusados, pois avaliou como bastante esclarecedor.
Perícia
Segundo a polícia, o IML (Instituto Médico Legal) de Marabá ainda não concluiu a perícia na arma encontrada com Alessandro. Uma caminhonete Hilux foi localizada durante o último final de semana em um posto de gasolina, em Marabá, e foi identificada como sendo do pecuarista. O veículo já foi apreendido para ser periciado, junto com cinco cápsulas de munição encontradas pela polícia no local apontado como sendo onde ocorreu o crime. O corpo de Ana Karina ainda não foi encontrado. (Portal ORM)




