Mesmo recebendo milhares de pessoas durante o mês de julho, o município de Salinópolis, distante 200 quilômetros de Belém, não está preparado para o veraneio. Com exceção das principais avenidas, as ruas de Salinas estão tomadas por buracos e lixo. Outro grande problema vivenciado pelos moradores de um dos mais requisitados balneários do Estado é a falta de água nas torneiras – dificuldade que é comum à maioria dos bairros de Salinópolis. O pouco investimento no turismo e a carência de obras urbanísticas e de saneamento são a principais queixas da população local.
A corretora de imóveis Mils Raimunda Sousa, moradora do bairro Ponta da Agulha, reclama que a sua rua está totalmente cheia de lixo e entulho. ‘A Prefeitura tira lama do mangal e joga na porta da minha casa. Com isso, os vizinhos adotam o mesmo mau hábito e passam a despejar lixo domiciliar no local. O resultado é um mau cheiro insuportável’, conta. Segundo a corretora, mesmo com a rua esburacada e sem iluminação pública, o carnê do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) chega anualmente e as mensalidades são pagas com regularidade. ‘Ninguém paga um imposto com gosto, mas pior fica quando pagamos por uma coisa que não tem retorno’, dispara.
Na travessa Manoel Ancelmo Dias, no bairro João Paulo II, crateras tomaram conta das vias e água não chegas às torneiras. A dona de casa Helena Silva afirma que durante o mês de julho em todos os dias falta água. ‘Se a gente quiser lavar uma louça ou roupa é preciso acordar de madrugada. Logo que amanhece o dia, as torneiras secam’, conta, esclarecendo que entre 6 e 18 horas grande parte das casas do bairro fica sem água. Segundo a moradora, é preciso usar vários recipientes para o armazenamento do líquido. ‘Tudo serve: bacia, balde, panela e até pote de margarina. O estoque vai servir para atividades diárias, como banho de cuia, louça e uma ou outra roupa que precisa ser lavada’. (O Liberal)




