O início das obras de terraplanagem no sítio Pimental, que corresponde ao primeiro passo do projeto que vai levar à construção da hidrelétrica de Belo Monte, na região do Xingu, no Pará, provocou divergência de opinião entre as entidades locais. Se por um lado as prefeituras municipais do entorno se uniram em prol do empreendimento, por outro, os movimentos sociais contrários ao projeto ainda precisam afinar alguns pontos.
Enquanto os líderes do Movimento dos Atingidos pelas Barragens prometem mobilizar as famílias locais para evitar que a obra avance, a coordenação do grupo FortXingu comemora a geração de empregos na região, e promete acompanhar o início dos trabalhos, para que outros benefícios – além de trabalho – possam ser destinados aos paraenses.
Para a prefeita de Altamira, Odileida Almeida, o início das obras marca a chegada do progresso e do desenvolvimento na região do Xingu. Segundo a prefeita, o empreendimento é complexo, porém vem sendo estudado há 35 anos – e dificilmente não assistirá a população local. “Respeito os movimentos sociais contrários à usina de Belo Monte, mas eles caminham para lá, e nós para cá. Na verdade, nos gostaríamos que eles participassem mais das audiências públicas, pois são reuniões que podem congregar toda a sociedade”, dispara. (O Liberal)
